Militante pago: com bandeira de Dilma mas vota contra 1,4 mil

 

Patrícia Britto/Folha

Contratado por um candidato a deputado estadual do PMDB para segurar uma bandeira de Dilma Rousseff na cidade de Santos (SP), o metalúrgico aposentado Jackson Bernardo, 65, não cogita entregar seu voto à presidente petista. “Sinto muito, mas nela eu não vou votar porque fiquei muito sentido”, disse o porta-bandeira à repórter Patrícia Britto.

“A gente fica choramingando, sofrendo, ganhando uma migalha que não dá nem para um varredor de rua. Eu vou ser sincero, dia 5 eu vou dar meu voto contra ela. Vou votar na Marina.”

Ex-eleitor de Lula e da própria Dilma, Jackson tremula a bandeira da presidente e entrega o voto à rival dela guiando-se pelo mesmo radar: o bolso. Recebe R$ 820 pelos serviços prestados à campanha. “Eu trabalho pelo dinheiro. Estou dizendo pra senhora que a minha aposentadoria não dá pra nada, é uma aposentadoria falida.” Mal comparando, é como se a contingência forçasse o aposentado a torcer pelo Palmeiras na arquibancada do Corinthians. Salve a democracia!

 

Escrito por Magno Martins,

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