DILMA ENGANA PRODUTORES

POR MAGNO MARTINS
DILMA

Já se passaram 78 dias, quase três meses, e a presidente Dilma ainda não liberou um tostão da MP 587, aprovada pelo Congresso, que ampliou para os produtores de cana o auxílio emergencial financeiro, orçado em R$ 300 milhões.

“Estamos cansados de tanto esperar. Infelizmente, só tivemos até o momento boa vontade da parte do Governo”, diz Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria de Açúcar e Álcool de Pernambuco, manifestando o desapontamento da categoria.

Usineiros e produtores de cana se mobilizaram em Brasília junto às principais lideranças no Congresso para convencer o Governo a estender a mão ao setor.

Até governadores, como Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco, e Teotônio Vilela (PSDB), entraram no processo. Pressionada, Dilma se negou em assinar a MP, mas depois recuou.

A sua má-vontade provocou uma reação em cadeia no Nordeste. Produtores e cortadores de cana ensaiaram um protesto por ocasião da sua vinda a Pernambuco para inaugurar a Arena.

Foi o suficiente para a presidente recuar e garantir a medida, que, finalmente, passou facilmente na Câmara e no Senado.

Mas de nada adiantou. A equipe econômica, orientada pela presidente, deu um veto branco à MP. Tanto que já se vão praticamente 90 dias e nenhum produtor viu a cor do dinheiro e, provavelmente, não verá.

Como sempre, o Governo, que não quer ajudar o setor, gerador de mais de 1 milhão deempregos no País, dos quais 300 mil no Nordeste, vai continuar tocando o assunto com a barriga.

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