Donizetti pode ter planejado assalto à Brinks

O paranaense Paulo Donizetti, tido como um dos maiores ladrões de banco do País e preso no início deste mês em Pernambuco, pode ter comandado o assalto à Brinks de dentro da prisão. A fama do homem, aliada à articulação nacional que possui são aspectos fundamentais para que a Polícia Civil investigue sua participação. Ontem, durante a posse do novo chefe da Civil, Joselito Kehrle, foi divulgada a prisão de um suspeito de participar da investida. “Uma pessoa foi detida, mas não tivemos a comprovação da participação dela. Estamos apurando”, disse Joselito Kehrle.

Questionado sobre as investigações, que reúnem uma força-tarefa de delegados, Amaral lembrou do currículo de Donizetti. Ele foi preso no dia 7 de fevereiro em Boa Viagem e é suspeito de comandar assaltos como os que foram registrados em Porto de Galinhas no início deste mês. Segundo o gestor, entre 2016 e 2017, 141 pessoas foram presas suspeitas de participação em roubo a bancos, caixas eletrônicos e carros-fortes.

Mais policiais

Joselito Kehrle anunciou uma medida inédita que pretende tomar já no início de sua gestão. Policiais civis aposentados serão contratados pelo Estado para integrar a equipe de investigação do órgão. De acordo com Amaral, 500 policiais aposentados estão inscritos e a gestão se mobiliza para finalizar a regulamentação da lei complementar para iniciar o chamamento. A medida é inspirada numa ação já desenvolvida pela Polícia Militar.

“Os policiais civis aposentados serão contratados da mesma forma que os policiais militares da reserva são contratados pelo Estado para fazer a guarda patrimonial”, detalhou. Ele explicou que isso ajudará na investigação dos crimes.

“Com isto tiraremos os policiais da permanência e colocaremos na atividade fim, que é a atividade de investigação”, explicou Kehrle, que foi empossado ontem pelo governador Paulo Câmara. Ele ficou no lugar do ex-chefe, Antônio Barros, que também participou da cerimônia sendo exonerado na ocasião.

Fonte: Magno Martins.