Delações de caixa dois: tucanos em defesa de Aécio

Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, o ex-presidente da Fernando Henrique Cardoso, e governadores tucanos em reunião na sede da Executiva Nacional do PSDB (Valter Campanato/Agência Brasil)

As denúncias envolvendo o nome de Aécio Neves (PSDB-MG) sobre o recebimento de caixa 2 por parte da construtora Odebrecht fizeram com que os principais nomes da legenda saíssem em defesa do atual presidente do partido.

O ex-presidente da República e presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, divulgou uma nota oficial em que sai em defesa do atual comandante do partido. O tucano disse lamentar que haja uma estratégia usada por adversários da legenda de difundir “notícias alternativas” de modo a confundir a opinião pública.

FHC disse que parte do noticiário do dia sobre os depoimentos de executivos da Odebrecht “serve de alerta”. Segundo ele, ao invés de se dar ênfase à afirmação de Marcelo Odebrecht de que doações à campanha presidencial de Aécio em 2014 foram feitas oficialmente, publicou-se a partir de outro depoimento que o senador teria pedido doações de caixa dois para aliados.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que defende a investigação de qualquer denúncia, mas avalia que não há espaço para especulações, em resposta a questionamentos sobre indícios de irregularidades na campanha do PSDB à Presidência da República em 2014.

Em depoimento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empresário Marcelo Odebrecht disse que o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves, candidato à presidência em 2014, pediu a ele uma doação de R$ 15 milhões. Já o delator Benedicto Júnior disse na quinta, também em depoimento, que repassou R$ 9 milhões via caixa 2 a políticos do PSDB e do PP e ao marqueteiro tucano a pedido de Aécio para a campanha de 2014.

Fonte: Magno Martins.