PSB aprova posição contra reforma trabalhista e da Previdência

Executiva se reuniu em Brasília e pode romper com governo Temer

O presidente do PSB, Carlos Siqueira – 
O senador Fernando Bezerra Coelho, pai do ministro, anunciou que irá recorrer e pedir a reunião extraodinária do Congresso Nacional do partido para as bancadas se manifestarem, mas isso não acontecerá antes da votação das reformas. Vencido, ele deixou a reunião antes da votação do fechamento de questão contra a Previdência. E disse que o cargo do filho está a disposição.

– O ministro Fernando Coelho tem mantido estreita comunicação com o presidente Michel Temer e o deixado à vontade para compor sua equipe ministerial de forma que possa contribuir para a aprovação das reformas que são tão importantes para o país, para a retomada do crescimento e geração de emprego e renda – disse Fernando Bezerra.

– O cargo está sempre a disposição do presidente da República. Ele é quem nomeia e demite. Mas se as bancadas do partido não referendaram a manutenção do cargo para o PSB, o presidente deverá tomar a decisão que for melhor para a aprovação das reformas – disse o líder Fernando Bezerra.

A proposta de refoma trabalhista será votada amanhã na comissão especial, e na quarta-feira no plenário. Se a bancada obedecer a decisão serão 35 votos a menos para o governo. Todos os cinco integrantes que não foram favoráveis ao posicionamennto contrário à reforma trabalhista, argumentaram sobre a necessidade de fazer as reformas por causa da crise econômica. Entre os que votaram contra estão o governador Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, o vice-governador de São Paulo Márcio França, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda. Os outros dois são delegados de São Paulo, do grupo de Márcio França.

Segundo fontes ligadas ao presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, o debate está intenso e há uma forte tendência de o partido, em decisão oficial, fechar questão contra as três reformas.

Hoje pela manhã, ao participar do Seminário Nacional dos Prefeitos do PSB, o presidente nacional da legenda fez um discurso forte contra as reformas e contra o prefeito de São Paulo, João Dória, do PSDB, um dos nomes cotados para a disputa do Planalto em 2018.

— Quero avisar os navegantes que já existe uma decisão do Congresso Nacional do partido, de 2014, unânime, contrária a reforma trabalhista que tem no seu cerne o negociado sobre o legislado. Isso é um absurdo inaceitável e só farão, e se fizerem, por cima de nós e não conosco — discursou Siqueira, convocando os militantes a engrossarem a greve geral do dia 28 contra as reformas.

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