Quando a industrialização chegou em Belo Jardim O início do

O início do desenvolvimento econômico da cidade de Belo Jardim, ocorreu a partir da produção de doces, negócio que deu início por Quitéria e Jorge Aleixo, que na década de 1915/1925, sua esposa já fazia o denominado doce beira seca[1] para vender nas festas e dias de domingo na cidade belojardinense, conforme referência abaixo citada:

A fabricação de doce começou, segundo João e Maria Matias, em 1925, nos fundos da casa onde morou até ultimamente seu Doca e, inicialmente, fabricavam apenas doce de banana, sendo o mestre José Vermelho, ajudado por Luiz Cego que eram os únicos homens e como mulheres Maria Matias, Nanu e Maria Pequena […]; Inicialmente o fabrico era todo manual, incluindo a retirada da semente e machucamento das frutas. Verificando que o fabrico de doce era um negócio bom, Jorge Aleixo voltou-se para ele e passou a explorá-lo com mais intensidade, com o caráter de uma indústria incipiente. [2]

 

Passando por modificações e instalações em diversas ruas, em fins do ano 1934 ou princípios de 1935 a fábrica se instalou na Rua 4 de outubro, nº 84, e continuou com uma forte expansão, chegando a ter 18 tachos aquecidos a lenha, mexidos manualmente, isso entre os anos de 1935 à 1939, pois, as mariolas tinham uma procura constante por crianças e adultos.

Em 1963, surgiu em Belo Jardim uma nova fábrica de sucos e doces em calda: Cia Agro Industrial de Belo Jardim – CAIBE, localizada às margens da BR 232.

Texto: Aline Vanessa-Belo Jardim Histórico

[1] Segundo alguns relatos, o doce “beira seca” é feito de farinha de mandioca e goma, recheado com doce no meio, na maioria das vezes o doce era feito com rapadura e canela, tendo o formato de pastel. Recebe esse nome porque depois de assado as laterais (beira) ficam secas.

[2] MOURA, Edson Mororó. Jorge Aleixo da Cunha. Sua obra e influência em Belo Jardim – PE. Maio de 1989. p, 04.