O Pajeú precisa de José Patriota, diz Gilvan Magalhães

por Gilvan Magalhães*

Berço imortal da poesia vale de sonho e esperança, o Pajeú, desde Dr. Orisvaldo Inácio e Antonio Mariano, padece por um deputado estadual. É inadmissível e inacreditável que a região mais politizada do Estado anda com o chapéu dos outros.

Discípulo de Dr. Arraes e Eduardo, creio que chegou a hora do Pajeú se levantar e eleger José Patriota (PSB) deputado estadual. Sabido, o prefeito de Afogados da Ingazeira, a princesinha do Pajeú, terra mãe do nosso nobre Magno Martins, anda com um pé em cada canoa e nunca segura em alça de caixão de defunto ruim. Ele tem a luz das tribunas, a fé dos palanques e a esperança das multidões.

Diz o ditado que as catedrais medievais não teriam sido levantadas se a fé católica, viva e forte, não morasse no espírito dos seus obreiros. Do Pajeú, parodiando, pode-se dizer o mesmo: Ele teria sido um fracasso oceânico, um Himalaia de frustrações, se o coração ardente do pajeuzeiro, com todas suas veras não se sintonizassem com a fé, a coragem e decisão de um José Patriota.

A caminhada não é fácil, mas longe de ser impossível. Vai ser uma epopeia, uma batalha sem tréguas, uma travessia desassombrada por terreno minado, que a qualquer outro levaria ao desânimo, menos a ele, que possui a fibra indomável de um gladiador. Ele cresceu, fortaleceu e dignificou sempre na linha da generosidade cristã, no respeito ao direito e no culto da liberdade. Minha convenção é plena de que os nomes tutelares da pátria pajeuzeira iram convocar José Coimbra Patriota Filho para comandar-lhe os seus destinos.

Bombeiro, articulador e estrategista, aprendeu no movimento sindical a grande arte da política, a arte de engolir sapos. Muito intuitivo, sabe que o grande segredo da convivência com o ser humano está nas sábias lições de uma das maiores figuras dos séculos XX e XXI, Nelson Mandela. O líder sul africano dizia: “O grande segredo da vida é ver e buscar o lado bom das pessoas”. Patriota é aquele animal político que nunca está longe demais de quem ele não possa se aproximar e nem tão perto de quem ele não possa se afastar, a autoridade começa no saber falar, e nisso, o matuto é um craque.

À primeira vista, parecem existir dois Patriotas, um muito jeitoso no trato e nas palavras e outro corajoso nas ações e nos gestos. A fusão dos dois faz um homem por inteiro. Comprometido com a ordem democrática. Leal aos companheiros em mais de 40 anos de vida pública, só foi filiado a dois partidos, o MDB e o PSB. Sempre foi soldado de Dr. Arraes e do nosso saudoso e eterno governador, Eduardo Campos. Honrando a palavra que lhe empenha, se transformou em um grande interlocutor confiável na cena estadual.

É mais claro que o sol que o matuto é um homem de virtudes e defeitos. José Patriota não é um homem rico. Ele diz que regalias, mordomias e vida fácil só na casa dos amigos. Segundo Ulisses Guimarães, políticos são caçadores de nuvens, José Patriota é casado com a tempestade. Inteligente, sabe que a impaciência é uma das faces da estupidez. Não é hipérbole dizer que Patriota pertence àquela rara estirpe do herói de Sófocles da Antígona: ele não veio para partilhar o ódio, mas para distribuir o amor.

José Patriota é um predestinado. E são os predestinados que, com suas mãos fortes e regidas, sabem unir as virtudes e os defeitos do seu povo para torná-lo viril e dinâmico e que, com o olhar fito no futuro, rasgam nos horizontes as perspectivas iluminadas do seu destino.

Se o Pajeú creditar essa missão a ele, com sua inteligência ágil ele vai saber cumprir com grandeza a sua convocação. Vai enriquecer e elevar nossa região. Dignificar o estado. Prestigiar e fortalecer o seu povo. Sonhar lutar e sofrer para reduzir entre os municípios a áreas dos miseráveis e apaziguar o espírito revoltado dos que tem fome e sede justiça.

Talvez o que mais lhe doa nessa convocação é ter que deixar a Prefeitura de Afogados da Ingazeira, pois, tenho convicção plena, que ele é capaz de enfrentar, talvez, as piores provações da vida, mas não suportaria um único dia em que a convicção do seu amor por Afogados e de Afagados por ele, fraquejasse. A gratidão é a memória do coração e é isso que ele tem por Afogados. Saber agradecer é uma arte. Às vezes, o maior agradecimento não está na frase que foi dita, no verso que foi escrito e sim na alma, só quem espia da janela do coração pode ver.

Creio que Afogados só esta cumprindo seu destino, pois, ela tem uma história bonita de emprestar sempre a Pernambuco o sonho, a força e o espírito guerreiro do seu povo. Tenho convicção plena que Afogados da Ingazeira jamais vai falta ao Pajeú e a Pernambuco.

Há certos momentos na história, que um povo descobre que só há um único homem capaz de lhe conduzir no caminho da luz. Os Estados Unidos, em 1930, descobriram Roosevelt; a Inglaterra, em 1940, descobriu Churchill; a França, em 1958, descobriu Charles Gaulle e, em 2018, o povo pajeuzeiro vai descobrir José Coimbra Patriota Filho.

Como disse o poeta Maximiano Campos: “Que ele seja assim: alegre sem desconhecer a tristeza, capaz de uma ilusão forte sem apedrejar nas derrotas, rebelde sem perder a mansidão, servo só do ideal e do sonho e rei de sua vontade. Amando as pessoas sem deixar que nenhum medo o faça desconhecer a liberdade”.

*Cientista Político

 

Fonte  Edmar Lyra