Presos mãe e padrasto suspeitos pela morte de bebê após estupro no Agreste

Crime ocorreu em Bezerros, no Agreste de Pernambuco. Bebê de um ano e meio chegou ao hospital já morto após estupro, apontou exame. Suspeitos são a mãe e o namorado dela

Estão presos preventivamente o namorado e a mãe do bebê de um ano e meio morto após sofrer estupro em Bezerros, Agreste de Pernambuco. A decisão foi dada nesta quarta-feira (11), em audiência de custódia realizada na Central de Flagrantes de Caruaru, também no Agreste. A mãe, de 28 anos, e o namorado dela, de 30, foram indiciados por estupro de vulnerável qualificado – ele, por ter consumado o ato; e ela, por ter sido omissa e demorado a socorrer o filho.  O suspeito foi encaminhado à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, e a mãe do bebê foi levada para a Colônia Penal de Buíque.
De acordo com a Polícia Civil, a criança tinha medo do suspeito. Segundo o delegado Humberto Pimentel, responsável pelo inquérito, a mulher relatou à Polícia que o filho apresentava comportamento estranho desde que ela começou a namorar o homem, há um mês. “A mãe comentou que o bebê tinha medo dele (do companheiro). Se tinha medo, possivelmente ele pode ter tentado abusar da criança em outros momentos. Ela (a mãe do bebê) também temia o cônjuge. Mas só contou tudo isso depois do depoimento oficial”, explica Humberto.
O crime aconteceu na tarde da última segunda-feira (9), por volta das 17h. A mulher flagrou a criança vomitando e desfalecida no sofá de casa, mas foi proibida pelo companheiro de levar o menino para o hospital. Somente por volta da meia-noite o bebê foi levado para a Unidade Mista São José, também localizada no município. O médico, desconfiado da conduta da mãe, acionou a polícia. “Durante muito tempo, ela demonstrava frieza. Na delegacia, no dia seguinte (terça), ela agia como se nada tivesse acontecido”, afirma o delegado.
O namorado da mãe, durante todo o inquérito, negou o crime. A mãe só começou a contar o que sabia no momento em que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) chegou às mãos do delegado, atestando que o menino havia sofrido um estupro. “Foi uma coisa fora do normal”, conta Humberto, que aguarda o resultado da perícia realizada na residência pelo Instituto de Criminalística, para finalizar o inquérito,