Preso marido suspeito de matar a esposa em Olinda, diante dos filhos

O acusado não aceitava a separação e tinha ciúme doentio da esposa. “Ela não podia usar maquiagem, ele não queria deixar ela trabalhar como costureira numa empresa junto com a própria mãe. Até redes sociais não podia se comunicar com quase ninguém, além das roupas também ele moderava”

Mais uma vítima de feminicídio entrou nas estatísticas de Pernambuco. Gustavo Ramos de Moraes, 30, foi preso nesta quarta (9) por ter tirado a vida da esposa, Fernanda Priscila de Souza Filho, 20, no bairro de Águas Compridas, em Olinda. Os detalhes do crime ocorrido no dia 9 de abril na frente dos filhos do casal – uma menina de cinco e anos e um menino de 1 ano – foram apresentados em coletiva pelos delegados da Polícia Civil de Pernambuco Ricardo Cysneiros e Ivaldo Pereira.
Segundo Cysneiros, o ciúme possessivo de Gustavo foi o motivo para a vítima ter sido morta.  “Ela não podia usar maquiagem, ele não queria deixá-la trabalhar omo costureira numa empresa junto com a própria mãe. Até nas redes sociais não podia se comunicar com quase ninguém, além das roupas que também ele moderava”.
De acordo com a polícia, o crime é de feminícidio e homicídio qualificado. Segundo o delegado Ricardo Cysneiros, o criminoso se mostrou bastante frio e não demonstrou arrependimento pelo que fez. O casal conviveu durante sete anos e Gustavo teria sido o único namorado da Fernanda.
A polícia desconfiou da versão do acusado de que teria sido atacado nas mãos pela esposa com uma faca e que teria asfixiado Fernanda como defesa. O delegado afirmou ser muito estranho a vítima ter conseguido acertar o mesmo lugar e ter feito cortes bastante retilíneos e simétricos. “Esperamos que as provas periciais consiga provar que ela possa ter se auto lesionado para simular uma legitima defesa”. A Polícia também aguarda o laudo da perícia para comprovar Gustavo teria estuprado a vítima horas antes de matá-la.
Gustavo foi preso em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, onde trabalhava como marceneiro, e encaminhando ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). Existem versões de que ele planejava fugir para outra cidade.