Morreu o “Rei da Sanfona” Zé Paraíba; sepultamento será em São José de Piranhas

 

Zé Paraíba – Foto: reprodução disco
  • O sanfoneiro José Salete Leite, conhecido como Zé Paraíba, que já foi considerado uns dos melhores do Nordeste, morreu na manhã deste sábado (22). Ele estava internado no Hospital Regional de Cajazeiras, no Sertão do Estado, onde morreu aos 82 anos de idade. De acordo com os médicos, ele sofria do Mal de Parkinson. O corpo do forrozeiro foi sepultado no cemitério de São José de Piranhas.
Zé Paraíba era natural de desta cidade, também no Sertão. Era conhecido no meio artístico como o “Rei da Sanfona”. Saiu da Paraíba ainda jovem, morou em São Paulo durante cerca de 30 anos, depois mudou-se para Brasília. Há apenas dois anos estava residindo em sua cidade natal, para ficar mais próximo da família.
Até a década de 1980, figurava entre os forrozeiros mais tocados nas emissoras de rádio de todo o Nordeste. Segundo os amigos, ele foi solidário com outros artistas, ajudando-os a alcançarem o sucesso. Foi um artista que ganhou bem, mas ficou um pouco esquecido depois do forró eletrônico.
Escute um dos seus sucessos:
“Aqui foi onde tudo começou. A vida e a história de um sanfoneiro, conhecido hoje em todo País”, disse um dos seus amigos, que foi visitá-lo no hospital. Zé era filho de José Leite de Oliveira e Gessina Leite de Oliveira.
No ano de 1952, aos treze anos de idade, ele entrou para a vida musical, incentivado por seu pai, Zé Leite, que tocava seu ‘oito baixos’ há quarenta anos pelo Sertão da Paraíba. O menino Zé Paraíba acompanhava seu pai, tocando seu pandeiro. Nos intervalos, ele tocava o ‘oito baixos’ do seu pai.
Em 1957, Zé ganhou uma sanfona de 48 baixos do pai e foi embora para São Paulo. Até que em 1961 conseguiu gravar seu primeiro LP, indicado por Luiz Gonzaga, após um encontro casual enquanto tocava na Feira do Brás, nas terras paulistas.
Discografia – Zé Paraíba viveu 50 anos de muito forró e mais de 5 milhões de cópias vendidas. Foi em Brasília (DF) que ele lançou um DVD com alguns de seus sucessos.
Redação PB Debate com Radar Sertanejo