A MÍSTICA DAS GRIFES

allan_sales

Vi um depoimento assaz interessante do amigo Fábio da PASSADISCO, aproveito e transcrevo:A mocinha entra na loja acompanhada da mãe querendo comprar um CD para uma pessoa que ela não conhece e que mora na Espanha.Mostro Luiz Gonzaga… ela acha música de velho Mostro Lenine… ela acha a capa feia Mostro Xico Bizerra… ela acha brega Mostro Herbert Lucena… ela não quer nem ver.Aí mudo de prateleira e mostro Luiz Melodia… ela não conhece; Tom Jobim… ela não gosta.Me sento e deixo ela procurando com a mãe.Decide comprar Lenine (“Acústico MTV”), pois se é da MTV é bom.Pede pra embalar… acha a embalagem “pobrezinha” e pede um laço de fita.”

Conheço uma história de uma médica que trabalhava com um tia minha,também médica.Nos anos 80 comprou em Paris pagando os olhos da cara uma sandália de couro super chique. Exibia com orgulho e empáfia típicas de gente fútil e esnobe.Vinha esse calçado com um selo dourado da loja que dava à dona o status de pessoa refinada que calçava algo de grife oriundo do primeiro mundo.Até que num belo dia, pelo uso da sandália o selo da loja chique que lhe cobrou  uma nota preta pela sandália ficou gasto. Aí, embaixo do selo chique, poder-se-ia ler gravado em marca de fogo: TIMBAÚBA-PE.

Os gringos fazem isso, aqui internamente, a C&A, manda fazer roupas em Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, põe aquele selo escroto dela. Os otários e otárias vão comprar pagando um adicional de lucro de lojista atravessador, já que não é chique comprar isso na feira da sulanca da região.

Fonte: Jornal da Besta Fubana

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