O ser mais perfeito

jesusÉ o ser mais perfeito que o mundo conheceu, em todos os tempos. Ser
divino, transcende os mais avançados conceitos e sublimes definições,
enleando gênios notáveis que transitaram e transitam pelas sendas
humanas, tocados pelas luminosas e excelsas manifestações de sua
incomparável personalidade, rica de bondade e sabedoria, luz e amor.
Ele foi e continua sendo, na verdade, o ser mais perfeito da história
da humanidade, iluminando, com o seu amor sem limites, os sofridos e
redentores caminhos da Terra, nossa abençoada moradia-escola, que
governa dos altíssimos cimos siderais.

Não era médico, mas curava cegos e paralíticos; restituía a saúde às
vítimas de terríveis enfermidades; limpava e recompunha corpos que
doenças cruéis dilaceravam.

Andava por estradas palmilhadas por sofredores de todas as dores,
enviando-lhes mensagens de eterna e suave esperança. Deixou rastros de
luz que os séculos não apagaram, perpetuando inigualáveis clarões que
superam os mais encantadores luares… Amava todos os homens,
nivelando-os na balança de seu coração, santuário de bênçãos. Antes
dele, nas estruturas sociais, “escravo era escravo, senhor era
senhor”. Por ações e palavras, igualou ricos e pobres, nobres e
plebeus, tornando-os partícipes dos bens celestiais, integrando-os na
família universal, em ato de consagração da legítima fraternidade.

O doce magnetismo de sua voz ecoa, serenamente, por toda a Terra: nos
campos floridos e agrestes, nas encostas silentes, nos lagos poéticos,
nos palácios e choupanas, dissipando a tristeza, enxugando lágrimas,
lenindo aflições. A paz interior, à maneira de nota musical provinda
de alturas inatingíveis, inundava de vida total a alma dos seres e das
coisas, aquietando mares e florestas, compondo, em divina
orquestração, a sinfonia da esperança, o cântico da imortalidade.

Sua palavra, ora mansa, ora enérgica, reavivava, em prodigiosa
metamorfose, sonhos fugazes, anseios angustiosos. A túnica, de alvura
ímpar, semelhante às nuves mais lindas e claras, parecia um pedaço de
céu vestindo um corpo de luz diáfana. As modestas sandálias pisavam
caminhos pedregosos, onde cresciam dilacerantes espinhos.

Ao longo de sinuosas veredas e aprazíveis sítios, que se
confraternizavam no abraço das árvores, semeava, semeava, semeava…
amparando enfermos que ele curava com palavras, gestos, e, às vezes,
com um simples olhar, do qual fluíam compreensão e ternura. Vistosas
cidades e aldeolas tranquilas, mansões e tugúrios absorviam-lhe, por
igual, o verbo renovador.

Dos celeiros de Deus, recolhia os bens da vida perene, distribuindo-os
com homens e mulheres, crianças e velhos, concitando-os à aquisição
dos imarcescíveis dons da fé, dizendo-lhes, ternamente: “Não se turbe
o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim”.

O ser mais perfeito está aniversariando! Flores perfumadas, rosas
coloridas enfeitam os jardins, na esplêndida antevisão da humanidade,
pronunciando-lhe o nome querido: Jesus!

Do livro Evangelho Puro, Puro Evangelho – Na Direção do Infinito, de
Martins Peralva

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