Deputados deixam o PR

 20141016065102_cv_3Na última segunda-feira, numa nota nesta coluna, cantei a pedra ao informar que o deputado federal Inocêncio Oliveira, ao decidir pelo apoio ao candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, iria perder o comando do Partido Republicano no Estado, que controla desde que deixou o DEM.

Ontem, num comunicado seco e sem explicações por um burocrata do PR em Brasília, Inocêncio soube da intervenção federal, perdeu o diretório estadual e contou apenas com a solidariedade dos seus aliados, com exceção do federal reeleito Anderson Ferreira, que assume o partido.

“Foi um golpe”, reagiu o deputado federal eleito Sebastião Oliveira, sucessor de Inocêncio na Câmara Federal. Ontem mesmo, o deputado federal eleito Sebastião Oliveira convocou o grupo ligado a Inocêncio para uma reunião. No encontro se discutiu uma estratégia para o enfrentamento.

O mais inusitado neste episódio é que Anderson Ferreira, o agora algoz de Inocêncio, acaba de ser reeleito pela Frente Popular, que votou fechada com a candidatura de Marina Silva. Beneficiário do chapão, Ferreira, para ficar com o controle do partido, deve, certamente, ter assumido com a direção nacional o compromisso de votar em Dilma.

A intervenção, decidida em Brasília, foi tomada diretamente pelo presidente Alfredo Nascimento, ex-ministro dos Transportes de Lula, e pelo senador Antônio Carlos (SP), suplente da senadora Marta Suplicy, licenciada e ocupando o Ministério da Cultura. Mas Inocêncio vai reagir.

Os deputados Sebastião Oliveira, Alberto Feitosa, Henrique Queiroz e Rogério Leão, reunidos, ontem, anunciam, hoje, em coletiva, que deixarão o partido em solidariedade a Inocêncio. Anderson tende a ficar isolado, porque outras lideranças republicanas, como os 17 prefeitos, 214 vereadores e 52 vice-prefeitos não aceitam a rifada em Inocêncio nem tampouco serem subordinados ao interventor.

fonte: Magno Martins.

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