Sindicato dos Condutores de Ambulância denuncia retenção de macas em hospitais

Sem o equipamento, várias viaturas ficam sem rodar na RMR e no Interior

Macas dos serviços de urgência estão ficando presas em hospitais e Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) do Estado. Esta foi a denúncia apresentada, nesta terça-feira (27), pelo Sindicato dos Condutores de Ambulância de Pernambuco em reunião na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo o presidente da instituição, Nilson José, há relatos de macas que ficaram retidas por até 15 dias em unidades de saúde.

Sem o equipamento, várias viaturas ficam sem rodar seja na Região Metropolitana do Recife (RMR) quanto no Interior. Nilson José afirmou que as macas dos veículos acabam virando leito nos hospitais por falta de estrutura das unidades. Outra queixa do sindicato dá conta da falta de médicos nas UPAs durante os finais de semana. “O que tem acontecido é da gente ter que ficar rodando de uma unidade para outra porque não querem pegar o paciente que a gente traz da rua por falta de médico”, disse. De acordo com ele, apenas duas UPAs receberam pacientes com traumas no último final de semana, a do Ibura e a Curado.

A promotora Helena Capela informou que acompanhará esta nova denuncia de maca retida em hospitais, mas disse que já há um inquérito civil instaurado contra o Estado por esta problemática. A representante do Ministério Público disse desconhecer até o momento defasagem das escalas médicas das Upas, mas aguardará a formalização de uma denuncia do sindicato na promotoria. A assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Saúde ainda não deu resposta sobre as problemáticas apresentadas pelos condutores de ambulâncias.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a definição do quadro de profissionais dos plantões das UPAs são feitos de acordo com estudos de fluxo e demandas de atendimentos nas unidades. Desta forma, algumas unidades não contam com ortopedia na sua grade e outras só contam com a especialidade no plantão diurno. As faltas de profissionais são casos pontuais e isso e a frequência de médicos nas unidades é acompanhado diariamente pela SES.

Sobre a retenção de macas, a pasta afirmou que há uma determinação para que todas as unidades da rede estadual liberem as macas e as ambulâncias dos serviços de resgate no menor período de tempo possível. A retenção de macas só ocorre quando a assistência ao paciente precisa ser feita com urgência e o hospital não possui, naquele momento, devido a grande demanda por atendimento, uma maca disponível.

 

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