Dieta na gravidez: o que se deve comer?

Gestantes se descuidam ao procurar se alimentar em dobro

Ainda hoje, cercado de mitos, o assunto “gravidez” ainda era insegurança nas mulheres. É verdade que os desejos existem? Como fica a imunidade da gestante nos noves meses? As suplementações vitamínicas são obrigatórias? E a alimentação, afinal de contas, precisa de algum cuidado especial? Para elucidar de vez esse último questionamento, onversamos com Flavia Moais, coordenadora de nutrição a rede de lojas Mundo Verde, que começa recomendando o consumo de um alimento de cada grupo da pirâmide alimentar em cada refeição. “Frutas, verduras, legumes e cereais integrais, como arroz, macarrão, pães e biscoitos são fontes de carboidratos que atuam como fonte de energia para a gestante, o embrião e o feto”, esclarece.

Não nos esqueçamos também da importância das proteínas “essenciais para o desenvolvimento dos novos tecidos tanto da mãe como do bebê”. Encontradas, sobretudo, em ingredientes de origem animal, como carnes de frango e peixe, além de leguminosas – feijões, lentilha, grão de-bico e ervilha. A grávida também encontra a substância construtora nas oleaginosas como nozes e castanhas, em grãos andinos, a exemplo da quinoa e do amaranto, sem esquecer dos laticínios de modo geral e ovos. Segundo Flavia, pode-se reforçar a ingestão de proteína em 10g por dia e já é suficiente para suprir a demanda do organismo da futura mamãe. Mas o melhor mesmo, defende ela, é recorrer a uma orientação de um especialista na área ou mesmo pelo obstetra que faz o pré-natal clínico. “O acompanhamento nutricional é importante, pois a gestante necessita de ajuda para compreender suas novas demandas orgânicas e auxílio para elaborar e consumir uma dieta adequada, que contenha todos os nutrientes necessários para o seu organismo e para o crescimento e desenvolvimento do feto”, explica Flavia.

Tem que comer
Na lista de componentes fundamentais na alimentação de uma grávida estão as gorduras. Garantem energia a ambos, gestante e feto, e contribuem como crescimento saudável da criança. Também precisam ser estocadas, como um depósito de energia, para serem utilizadas no período de aleitamento – que exige muito do corpo feminino. Mas a futura mãe não pode se empolgar e achar que, com isso, ganha o direito de abusar de guloseimas. O consumo deve ser de gorduras com densidade nutricional significativa, e não ricas em calorias vazias. Estamos falando, então, de óleos de coco, milho, girassol, gergelim, soja e canola, macadâmia, azeite de oliva, atum, sardinha e linhaça. Todos de fácil acesso.

Já carnes e ovos mal passados, assim como peixes crus, devem ser evitados nos nove meses, pois colocam a mulher em risco de contaminação. Bebida alcoólica também deve ser deixada de lado na gestação. Por fim, aquela crença que uma mulher grávida deve comer por dois procede, afinal de contas? “Comer por dois e não atentar para a qualidade do que ingerem são os principais equívocos que as gestantes cometem durante a gestação”, constata a especialista.

Algumas vitaminas e sais minerais exercem papel fundamental nas atividades do organismo de quem vai ter filho: cálcio – responsável pela função nervosa, contração muscular e formação do tecido ósseo do bebê; ferro – atua na formação das células vermelhas do sangue e a prevenir anemia; vitamina A – necessária para o crescimento ósseo e da pele, além de garantir a visão saudável da criança; e ácido fólico – atua na formação do sistema nervoso do feto.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *