CT, Libertadores e título nacional: Presidente coral apresenta planos audaciosos para o Santa Cruz

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Há três meses na presidência do Santa Cruz, Alírio Moraes concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira para fazer um balanço da gestão e explanar as metas traçadas para resolver os problemas que já pôde enxergar no Tricolor. Os objetivos são audaciosos. O mandatário, por exemplo, quer que o time chegue à Libertadores e seja campeão da Copa do Brasil, em 2017. Até lá, espera profissionalizar o clube em várias linhas de atuação. Desde a construção de obras que nunca saíram do papel, como o CT e a Arena Coral, além do pagamento de dívidas, reestruturação do departamento de futebol e das categorias de base.

Para este ano, a previsão do presidente é o acesso à Série A, um quadro de 20.000 sócios e o início da construção do CT. Em 2016, enfim, as obras do centro de treinamento seriam finalizadas. São metas declaradas também os títulos do Pernambucano e Nordestão, a permanência na Primeira Divisão e figurar entre os oito melhores da Copa do Brasil. Até o fim do ano que vem, enxertaria-se ainda mais 20.000 torcedores ao quadro de sócios.

Em 2017, no último ano da gestão, Alírio é ainda mais otimista. Quer o Santa bi-campeão estadual e regional. Campeão da Copa do Brasil e com acesso garantido a Sul-Americana e Libertadores. Espera terminar a temporada com 45.000 sócios, um dos maiores do país, uma base estruturada e o clube auto-sustentável – sem dívidas e com um superávit financeiro.

Abaixo, confira as falas do presidente de forma destrinchada:

CT
Estarei sentado na próxima semana com Antônio Luiz Neto (presidente da Comissão Patrimonial). Estaremos sentado também com o arquiteto. Já temos o projeto prévio desde a gestão anterior e vamos dar o fechamento a tudo. Queremos terminar em dois campos e um alojamento para utilizarmos em três ou quatro meses e concluirmos tudo em 2016.

Arena Coral
Estou criando uma discussão com um grupo de investidores, pagando também a um arquiteto para finalizar o projeto para levar para investidores. Antônio Luiz Neto tomou iniciativa de visitar um projetista em São Paulo e vamos ter uma reunião nos próximos dias para definir estratégias para saber como vender o projeto, que é a coisa mais linda do mundo, seguindo a tendência das arenas que estão constuindo, sem fosso e com as arquibancadas bem perto do campo. A gente tem conversas com investidores para se fazer um shopping. Outra ideia, para ser amadurecida, é o próprio clube, através de um agente financeiro, bancar essa reforma no estádio.

Certidões negativas da Prefeitura
O Santa Cruz é um time que engloba uma grande parcela da população mais desprivilegiada socialmente. Temos um papel significativo nisso, oferencendo a prática de esportes com parceria com o município do Recife. Elaboramos um convênio com a Prefeitura para ter o nosso passivo no IPTU, hoje de R$ 24 milhões.

Patrocínio da Caixa Econômica
Recebendo o perdão da nossa dívida tributária municipal, junto das certidões negativas federais, que vamos ter até o fim de março, a gente cumpre rigorosamente os requisitos de regularidade fiscal para termos o nosso patrocínio junto à Caixa. Hoje devemos R$ 13 milhões de dívidas federais, mas o valor está sendo pago com o parcelamento na Receita Federal e INSS.

Dívidas trabalhistas
O passivo trabalhista do Santa Cruz é de R$ 50 milhões. Desenvolvemos estratégias em parceria montada com grande investidor para aportar recursos no clube, que serão direcionados totalmente para pagar as dívidas trabalhanistas. Será uma relação de troca num contrato de sete anos, cedendo a marca para ele explorar.

Mudanças no departamento de futebol
Mantive provisioriamente o modelo que vinha funcionando, com Constantino Júnio e Jomar Rocha, representando a presidência, e Athaide Macedo e Sandro Barbosa, representando os atletas. A gente está vendo ainda se esse é o modelo ideal. Sou fã de carteirinha de uma diretoria profissional, remunerda. Hoje, tem muita gente envolvida nesse processo. Não siginifica que as pessoas que estão não continuarão trabalhando. Mas, às vezes, não sei o que cada um está fazendo. Vamos organizar, delimitar as competências e estabelecer funções.

Categorias de base

O Santa Cruz vem tendo frutos com a base, mas a gente vem tratando mal essa base. A base funciona simplesmente porque temos coloboradores que se doam, arrumam recursos, tiram do próprio bolso. Essa realidade a gente pretende mudar

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