SEBASTIÃO NERY – O MÉDICO DE CHAPADINHO

 

 

 

NERY

RIO – Pontes de Aguiar era prefeito de Chapadinho, agreste do Maranhão. Elegeu-se deputado. Josélio Carvalho, secretário de Saúde:       

– Deputado, há um movimento em Chapadinho para trocar o nome do Hospital Pontes de Aguiar para Hospital Manoel Sebastião.

         – Senhor secretário, quem fez o hospital fui eu, quando prefeito de Chapadinho. O Dr. Manoel Sebastião é apenas um candidato a deputado estadual contra mim. Por que, agora, o hospital vai ter o nome dele?

         – Porque o doutor Manoel Sebastião é médico. Há uma lei, agora, que diz que só médico pode ser nome de hospital.

         – Bobagem, Dr. Josélio. Deixe de querer ajudar o doutor  Sebastião. Aqui mesmo, na capital, tem o Hospital Cruz Vermelha, e, ao que me consta, o tal de Cruz Vermelha nunca foi médico.

         Até hoje o hospital de Chapadinho é Hospital Pontes de Aguiar.                                                                        

DIPLOMAS

         O programa “Mais Médicos” do Ministério da Saúde está provocando mais confusão. Quando foi anunciado, o ministro Padilha, competente e eficiente, um dos raros ministros do governo Dilma (o amador é a desgraça dos governos, ocupa o lugar mas não resolve o problema), disse que os médicos estrangeiros revalidariam seus diplomas.

         É o obvio. Em qualquer pais, médicos, engenheiros, professores, etc, vindos do exterior para exercer a profissão são obrigados a fazer o Revalida um exame para conferir o nível de seu diploma e experiência profissional.  

          Como programa de emergência governamental o “Mais Médicos” é urgente, providencial. Se o pais tem 700 municípios  sem um só medico e não há médicos brasileiros querendo ir para lá nem para periferias ou favelas,  que venham os de fora. Mas com “revalidação” dos diplomas.

Das 11 mil vagas oferecidas pelo governo, nem 4 mil brasileiros se inscreveram. Que os 7 mil venham com diplomas e currículos revalidados.

LULA

 Perguntem aos brasileiros exilados que tiveram de trabalhar no exterior durante a macabra ditadura militar de 64 a 84. Antes de assumirem

 suas funções, tinham que submeter seus diplomas e currículos a exames.

         Pois o Palácio do Planalto do PT, o maior centro de amadorismo da historia brasileira, resolveu desfazer a decisão do ministro Padilha e dispensar o “Revalida” para os médicos portugueses e espanhóis que virão.                    Por que? Porque Lula quer pagar a Portugal e Espanha os ridículos e fajutos títulos “honoris causa” que lhe deram e não resistiriam a um Enem. 

       Até Chapadinho tinha medico.Corporativismo medico é desumanidade.

DILMA

         Não adianta Dilma falsear a realidade. As contas públicas brasileiras estão em situação difícil. Vamos, como o Papa Francisco, por partes:  

         1.- De junho de 2012 a junho de 2013, 4,8% do PIB (Produto Interno Bruto), representando 14% da carga tributária, foram destinados a pagamento de juros. As contas externas caminham para uma situação preocupante, apesar da “mágica contábil”.

         2, – Nos últimos 12 meses, o resultado das transações do Brasil com o mundo registrou saldo negativo de US$ 73 bilhões. A conta corrente de transações retrata operações da balança comercial, pagamento de juros, viagens, dividendos e remessa de lucros e serviços. Um exemplo: em 2012, na área do turismo os brasileiros gastaram no exterior U$ 22 bilhões, enquanto os turistas estrangeiros gastaram no Brasil, U$ 7 bilhões.

        “PIBECHINHO”

3. – O Banco Central projeta para 2013 déficit em conta corrente de U$ 75 bilhões, representando 3,2% do PIB, resultado que só tem referência histórica com 1947. O economista Felipe Salto, da “Tendência Consultoria, adverte: –  “A fonte de dólares secou. Havia apostas na economia brasileira, mas que não existem mais com a deterioração provocada por políticas equivocadas. É um cenário que acende a luz amarela”.

         4. – A partir de 2008, o Brasil vem colecionando “déficits” ascendentes em transações correntes, elevando a dependência da economia brasileira em empréstimos para fechar as contas. O perfil dos “déficits”, em bilhões de dólares, foi: em 2008, U$ 28,2; em 2009, U$ 24,3; em 2010, U$ 47,3; em 2011, U$ 52,5; Em 2012, U$ 54,7. Em 2013 o BC projeta U$ 75,0

         O “Pibinho” de 2012 ameaça ser um “Pibechinho” de 2% em 2013.  

         Lição : conversa fiada não engorda a economia.

         sebastiaonery@ig.com.br

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