Crise no Brasil não atinge cooperativas de crédito pernambucanas

DINHEIROO Brasil passa atualmente por uma forte crise financeira. Porém, as cooperativas de crédito não parecem estar inseridas na tendência de queda. As altas taxas de juros impostas pelos bancos fazem com que as pessoas se afastem das agências e busquem, cada vez mais, locais alternativos para concessão de empréstimos. O resultado é o crescimento forte do segmento em todo o Brasil nos últimos meses. Em Pernambuco não é diferente.

De acordo com dados da Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB), das 1100 cooperativas de crédito no Brasil, 10% localizam-se no Nordeste, sendo que Pernambuco conta com as duas maiores da região, ambas filiadas ao Sistema Unicred Norte/Nordeste: a Pernambucred, voltada para todos os servidores públicos do estado, e a Unicred Recife, com foco nos profissionais na área de saúde.

Segundo o presidente da Pernambucred, Giovanni Prado, o aumento e a qualidade das incorporações vem promovendo uma economia administrativa, um crescimento no número de pontos de atendimento, além de maiores resultados para os cooperados, que são usuários e, ao mesmo tempo, donos do empreendimento.

Outro ponto exaltado pelo presidente, em relação ao fator do crescimento do Cooperativismo de Crédito, é a credibilidade que ele transmite. Giovanni ressalta que os resultados anuais e as crescentes vantagens nos produtos e serviços em relação ao mercado financeiro tradicional são inegáveis. Além de quando bem administradas e fiscalizadas, as cooperativas são excelentes instrumentos de educação, de inclusão e de saúde financeira do cidadão.

O vice-presidente da OCB/PE do Ramo Crédito, Ruy Araújo Lima, comenta que o crescimento do cooperativismo financeiro é resultado do constante investimento em capacitação de dirigentes e colaboradores, às incorporações de cooperativas menores a outras maiores, bem como a filiação das cooperativas a uma grande central, por exemplo, o Sistema de Cooperativas de Crédito Brasileiro (SICOOB).

“A expectativa de um desenvolvimento mais intenso baseia-se na transformação para cooperativas de livre admissão de associados, as quais funcionam com as mesmas características de um banco, porém mantém os mesmos princípios e regras do cooperativismo de crédito”, diz o vice-presidente.

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