Estátua é roubada de espaço cultural de Caruaru
Patrimônio era uma homenagem a Austregésilo de Athayde, importante figura Caruaruense.
Uma estátua de bronze em homenagem a Austregésilo de Athayde, importante figura caruaurense, foi roubada do Espaço Cultural Tancredo Neves, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O equipamento ficava no espaço externo do local.
Segundo o professor José Urbano, a estátua era metálica e foi idealizada na primeira metade dos anos 90 e estava em exposição há quase 30 anos. Em entrevista ao repórter Franklin Portugal, o professor José Urbano falou sobre a importância que Austregésilo teve para Caruaru (veja vídeo abaixo).
De acordo com o advogado Felipe Menezes, o crime se configura como furto e pode levar o autor até a 8 anos de reclusão. No entanto, no caso de um patrimônio público, como a estátua, é preciso levar em consideração outros aspectos.
“Se houve rompimento de obstáculos, se houve destruição, se houve utilização de chaves falsas, porque aí nesse caso ocorreram as agravantes […] e aí a pena que é de 1 a 4 anos, pode chegar de 2 a 8 anos” infomrou Felipe.
Quem foi Austregésilo de Athayde
Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde nasceu em Caruaru (PE) no dia 25 de setembro de 1898, terceiro filho do casal Constância Adelaide Rodrigues Lima e José Feliciano Augusto de Athayde. Sua mãe era neta de Antonio Vicente do Nascimento Feitosa, jornalista e líder da Praieira, revolução de cunho liberal iniciada em Olinda a 7 de novembro de 1848.
Seu pai, filho de militar que lutara em Canudos, estudava no último ano da Faculdade de Direito e era amigo de Antonio Austregésilo Rodrigues Lima (futuro neurologista e acadêmico), irmão de Constância Adelaide.
Como jornalista, Austregésilo foi colaborador do “Correio da Manhã” e escreveu uma coluna em dezenas de jornais pelo país. Trabalhou também como tradutor da “Associated Press”, mas foi como presidente da Academia Brasileira de Letras que ele ficou mais conhecido. Com ele na presidência, a academia adquiriu uma nova ordem e dimensão. Em 1948 o escritor participou da delegação brasileira nas Nações Unidas e fez parte da comissão redatora da Declaração Universal dos Direitos do Homem.MAIS NOTÍCIAS…