POSICIONAMENTO DA COMPESA SOBRE O ACIDENTE EM LAGOA ENCANTADA
A Compesa esclarece que não havia registro na companhia de vazamento na Primeira Travessa Doutor Pedro Moscoso, em Lagoa Encantada, no Ibura, onde ocorreu um deslizamento de barreira, nesta madrugada, ao contrário das informações repassadas pelos moradores. O único chamado ocorreu nesta madrugada, após o acidente, quando um técnico de plantão foi ao local para realizar as manobras necessárias para fechamento dos registros e esvaziar a tubulação. A própria Compesa foi quem abriu o registro de atendimento e providenciou o conserto da tubulação nesta manhã.
A Compesa esclarece ainda que não há comprovação técnica de que o referido vazamento tenha provocado a queda da barreira. Segundo o superintendente da companhia, Ronaldo Castro, vários fatores podem ter contribuído para que o terreno cedesse. Um deles é a construção de um muro de arrimo no local, cuja atividade de corte do talude pode ter desencadeado o desmoronamento.
Os técnicos da Compesa também observaram que as águas servidas escorriam para o local onde ocorreu o deslizamento de terra, tendo em vista que a canaletas, que teriam a função de transportar essas águas, estavam obstruídas em decorrência de muito lixo, sem a mínima condição de escoamento. Também foram identificadas inúmeras ligações clandestinas. “Essas ligações foram feitas sem nenhum critério técnico, fora do padrão da companhia, fato que pôs em risco a confiabilidade da operação da tubulação, deixando-a vulnerável para vazamentos”, explicou Ronaldo Castro. Os técnicos ainda constataram a ocorrência de vazamentos em instalações internas e que essa água desembocava no local do deslizamento.
O superintendente Ronaldo Castro afirma que a tubulação rompida na madrugada é de pequeno diâmetro, de 32 mm, e que o seu rompimento não teria provocado o deslizamento de terra, que provocou danos aos imóveis. “Chegamos a essa conclusão porque não havia qualquer reclamação de vazamento nessa área, exceto nesta madrugada quando ocorreu o deslizamento, o que comprova que outros fatores tiveram interferência direta no ocorrido”, afirmou Ronaldo Castro. Há indícios de que o vazamento encontrado no local tenha sido ocasionado por violação da tubulação, com a realização de emendas para viabilizar as ligações clandestinas.
A companhia enviou ao local uma equipe social para realizar o levantamento fotográfico e conversar com os moradores para elaboração do relatório para as providências administrativas e jurídicas para o ressarcimento dos danos causados. Mesmo não havendo nenhum indício de que o deslizamento tenha sido provocado pela tubulação, a Compesa prestará toda a assistência aos moradores prejudicados.
