“Ao contrário do PT, o PSDB não questiona a probidade do Supremo”, compara Bruno Araújo

Foto: Site do PSDB

Pernambuco – O deputado federal Bruno Araújo (PSDB) questiona a reação do Partido dos Trabalhadores às determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) para o cumprimento das penas de prisão pelos condenados no esquema do mensalão, o escândalo que marcou o governo do ex-presidente Lula (PT).

Lembra o tucano, que a pena imposta “não é do ministro A ou B, mas do Estado Brasileiro dentro do seu regime de organização democrática”.

“Nunca vi uma manifestação do PT em relação às milhares de injustiças que possam ter havido em execução penal nos mais diversos estados de pessoas mais humildes e que não tiveram acesso ao nível de defesa. A partir do momento em que as penas são executadas, não é mais um problema de avaliação política. Elas devem ser tratadas no âmbito da execução penal”.

O deputado ressaltou que importa à sociedade brasileira “ver o cumprimento completo das penas atribuídas pelo Supremo”.  E que o PT, ao reagir à lei, “cada vez mais revela à sociedade o seu apego emocional e seu medo”.

“A discussão política foi até o cumprimento das prisões. A partir daí, é caso para advogados e juízes”, sentenciou Bruno Araújo. As declarações foram dadas em entrevista ao programa Folha Política da Rádio Folha de Pernambuco nesta terça-feira (19).

Veja o que mais destacou o deputado Bruno Araújo:

MENSALÃO MINEIRO – A denúncia contra o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é posterior à do mensalão. Logo, o julgamento só poderia ocorrer na ordem seguinte. Mas diferente de como o PT sempre se portou, o PSDB quer que, de forma absolutamente normal, ocorra o julgamento do episódio que envolve o deputado Azeredo. Nós não vamos contestar a probidade do Supremo, nem os instrumentos que serão utilizados em sua defesa. Que as instituições falem.

EVENTO DE POÇOS DE CALDAS – Foi uma reafirmação de algo que vem repercutindo sem sintonia com a realidade. No evento de Poços de Caldas ficou assegurado que o PSDB não tem nenhuma outra candidatura que não seja a do senador Aécio Neves. Com o reconhecimento, sobretudo, dos paulistas que tiveram uma presença maciça no evento. Na prática, foi um evento oficioso da candidatura presidencial de Aécio.  Dissolveu qualquer dúvida em relação à ela.

PARA TER ELEIÇÃO TEM DE TER CAMPANHA – Aécio e Eduardo ainda têm altos níveis de desconhecimento que serão resolvidos com a campanha. Ainda temos um longo caminho pela frente. Com a campanha de rádio, TV e a cobertura da  imprensa eles serão colocados em outro patamar. É claro que o PSDB tem uma estruturação partidária muito mais consistente pelo Brasil. Mas todos conhecem a capacidade e dedicação do governador Eduardo Campos à política.

AÉCIO x EDUARDO – Se ocorrer competição entre ambos, acredito que será no limite de civilidade que permitirá um diálogo. A disputa é absolutamente normal na política. Mas se ela ocorrer, que seja como se deu até agora, com maturidade, o que vai possibilitar, num eventual segundo turno, uma unidade que permita alternância de poder. O PSDB e PSB são irmãos siameses no projeto de proporcionar à sociedade brasileira uma alternativa de poder.

Fonte: Site do PSDB