PÉ DIABÉTICO EXIGE CUIDADO REDOBRADO

No Brasil, em média 85% das amputações realizadas na rede pública de saúde são decorrentes da diabetes

Com o dia a dia cada vez mais corrido, as pessoas deixam de lado a alimentação saudável e o exercício físico fica em segundo plano. Esse sedentarismo, de acordo com os especialistas, traz diversos problemas e predispõe doenças graves. A diabetes é uma delas. “Um dos sintomas que mais preocupa quem tem a doença são as complicações do pé diabético, que inicia com uma ferida ou calosidade na região. Cerca de 80 a 85% das amputações no serviço público de saúde são causadas pela falta de cuidado com o pé diabético”, afirmou o angiologista e cirurgião vascular Luiz Halley.

De acordo com o médico, o paciente com diabetes sofre alterações no pé, decorrente na neuropatia. “A diabetes descontrolada causa lesões nos nervos. Essas lesões alteram a forma dos músculos e modificam o formato do osso. As feridas e calosidades surgem com a alteração da pisada e os locais de pressão dos pés e, com o tempo, pode infeccionar e levar até a amputação”, alertou.

Os principais sintomas do pé diabético são a câimbra, fraqueza, dor em forma de agulhada ou pontada e formigamento. Em estágio avançado, o paciente pode ter perda de sensibilidade e não sentir mais a área do pé. “Para que a doença não chegue sem avisar, é importante procurar o endocrinologista, nutricionista, além de um angiologista e cirurgião vascular que possam ajustar a alimentação, organizar uma rotina saudável e acompanhar o paciente”.

Um cuidado importante para pacientes com feridas e calosidades nos pés é a hidratação da região. “Além disso, cuidados simples com a saúde como examinar os pés todos os dias, além de tratamentos precoces evitam a amputação dos pés, realizada apenas em último caso pelos médicos”, destacou o médico.