PROJETO PARA EXECUÇÃO DO L’ACQUA DEVERÁ FICAR PRONTO EM SEIS MESES

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A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) deverão fechar, nos próximos seis meses, o projeto para a criação do primeiro laboratório do estado para estudos e desenvolvimento de tecnologias nas áreas de água e esgoto instalado numa universidade. O L’acqua será um centro de pesquisas e treinamento na área de saneamento que irá investigar soluções para a melhoria dos serviços prestados pela Compesa à população. O protocolo de intenções para a implantação do L’acqua foi assinado hoje (6), na Reitoria da UFPE, na Cidade Universitária, Recife.

No ambiente do L’acqua, a Compesa e a UFPE pretendem elaborar estudos para aprimorar técnicas e equipamentos já utilizados nos mais diversos serviços prestados pela companhia. Além disso, os trabalhos terão como escopo a busca pela inovação, o que pode ser revertido em benefícios diretos tanto para a população quanto para o estado e a academia. “Essa parceria tem possibilidades infinitas, uma vez que a Compesa tem múltiplas áreas de atuação. Hoje, somos muito cobrados pela sociedade para que tenhamos mais eficiência em nosso trabalho. Para isso, precisamos ser aliados de quem gera conhecimento e é isso o que estamos fazendo aqui hoje”, declarou o presidente da Compesa, Roberto Tavares. “Tenho convicção de que essa união vai gerar bons frutos para a Compesa, a UFPE e toda a sociedade”, complementou o secretário-executivo de Infraestrutura, Almir Cirilo.

Após a conclusão do projeto, que está sendo elaborado por um grupo interdisciplinar das duas instituições, será possível estipular o prazo para sua execução bem como mensurar o valor do investimento. Os recursos podem ser captados em fontes estaduais, nacionais ou mesmo internacionais. Caberá à Compesa estabelecer as diretrizes do projeto e executá-lo. A universidade já se comprometeu a ceder um terreno, de 1 mil metros quadrados, ao lado do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), no campus da Cidade Universitária.

Quando for concluído, o laboratório será totalmente aberto às pesquisas que a universidade queira desenvolver em relação à água e ao esgoto. Estudantes de engenharia e de áreas afins interessados em se especializar em saneamento também poderão estagiar no L’acqua. O estudo de equipamentos utilizados nos procedimentos cotidianos da Compesa também será contemplado. A companhia já decidiu, por exemplo, transferir seu laboratório de hidrometração que funciona na unidade do Cabanga, no Recife, para as instalações do L’acqua. O objetivo é modernizá-lo e, com isso, desenvolver novas técnicas e instrumentos de aferição de consumo mais precisos e adequados às necessidades de cada perfil de cliente.

Segundo o presidente da Compesa, Roberto Tavares, o laboratório deverá, ainda, apontar métodos de tratamento de água mais eficazes que poderão gerar uma economia de recursos para a companhia, o que será revertido em melhores serviços para a população. “Hoje gastamos R$ 40 milhões com produtos químicos para tratar a água. Se conseguirmos empregar outros produtos que apresentem desempenho satisfatório e que resultem numa economia de 10% para a empresa, poderemos aplicar o dinheiro restante na ampliação da rede de abastecimento para uma comunidade de até mil famílias”, calculou.

O reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, acrescentou que o L’acqua vai servir não apenas para aprimorar os aspectos técnicos relativos à distribuição de água e ao tratamento de esgoto, mas também sociais e culturais. “Na hora de escavar os terrenos por onde passarão os tubos que levarão água à população ou que coletarão o esgoto, será possível fazer o resgate arqueológico, preservando a memória do lugar”, enfatizou.

Essa não é a primeira parceria firmada entre a Compesa e UFPE. Em 2013, ambas fecharam um acordo de cooperação para produzir conhecimento científico na área contábil. Professores e alunos do Departamento de Ciências Contábeis da UFPE e funcionários da Compesa atuam juntos para aperfeiçoar a apuração dos custos dos seus processos e criar procedimentos para que as demonstrações contábeis da companhia estejam adequadas às normas contábeis internacionais vigentes.

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