MANUEL PEDRO CLEMENTE, 93 ANOS, QUE ORGULHA BELO JARDIM

Hoje, dia 10 de fevereiro de 2014, a poesia Popular está em festa: há 93 anos, em  1921, no Sitio Paraguai, município de Belo Jardim-PE, nascia uma das maiores expressões da nossa poesia: Manuel Pedro Clemente.

Iniciou a sua carreira artística como violeiro repentista, aos 18 anos de idade, adquirindo a sua primeira viola por 25 mil réis.

A sua deficiência visual não é de nascença. Essa tragédia,  foi procedente de uma brincadeira de criança, sendo atingido por uma pedrada. Tempo atrasado, como ele mesmo relatou, não teve o devido cuidado e a cegueira em pouco tempo contaminou o outro olho, causando a total perda da visão de maneira  irreversível.

Manuel Pedro Clemente ou seu Mané Pêdo, como é conhecido principalmente nas glebas rurais, é uma lenda viva da poesia,  sendo o desbravador dessa arte que canta e encanta o Nordeste Brasileiro. Certa vez, o poeta  Sebastião Dias, hoje Prefeito da cidade de Tabira(PE),  disse em uma de suas sextilhas que MANUEL PEDRO NO PASSADO ANDOU DE JUMENTO,  PARA OS CANTADORES DE HOJE ANDAREM DE AVIÃO. É NOTÓRIO O CARINHO E O RESPEITO QUE TODA CLASSE POÉTICA TEM POR ESSE VATE DA POESIA.

Em conversa com Manuel Pedro Clemente, no dia 25 de março de 1998, nas dependências do Rádio Bitury(AM),  ele me relatava que a sua maior satisfação era  cantar. Lamentou a falta de incentivo a arte da poesia. Disse também, que enquanto cantava,  que as vezes sentia uma presença estranha, que parecia apreciar a sua cantoria. Essa presença, irradiava uma  energia positiva e as vezes  lhe causava inspiração.

Manuel Pedro Clemente tem uma legião de fãs espalhados por todo País conquistados nas cantorias de pé de parede e através das ondas sonoras do Rádio Bitury, onde se apresentava diariamente no PROGRAMA VIOLEIROS DA BITURY, na décadas 70 e  80, ao lado dos poetas Paulino Monteiro, Zuzinha, Andorinha, Biu Violeiro, João Cornélio, João Cabeleira, sendo esse último seu maior parceiro e o mais solicitado para lhe acompanhar nas cantorias contratadas. A modalidade dessas cantorias eram  chamadas PÉ DE PAREDE e o pagamento era através de BANDEJA(Citava o nome de pessoas presentes e espontaneamente colocava uma contribuição financeira). Os lisos ou pirangueiros(mão de vaca) eram ironizados pelos poetas causando risos na platéia. Motes, canções eram pagos por fora. As vezes, os mais espertos colaboradores, que gostavam de um determinado gênero se antecipavam e já colaboravam e pedia o tema de sua preferência.  Era normal apologistas(promoventes de cantorias) levarem gravadores com fitas cassete para registrarem aquele show de improviso. Ao dono da residência, a única despesa era a dormida e a janta dos cantadores. Normal também era promover cantorias em casamentos, aniversários, principalmente de crianças. A canção presente de aniversário sempre foi a mais pedida.

As canções: partida saudosa, eu e  ela e a saudade;  amor de mãe(seu primeiro poema); anos perdidos; falando só; a dor da saudade; merecimento da criança; o adeus de Toinho Gonçalves; Lembrança da minha infância; sofrimentos do camponês; sábado do Senhor; o padre, o pastor e o dinheiro, dentre outros, escreveram o seu nome no livro da posteridade da arte poética.

É comum,  quando um Nordestino desgarrado retorna ao seu torrão natal, perguntar aos seus parentes: Seu Mané Pêdo ainda é vivo?.

A cidade de Belo Jardim sempre se orgulhou desse filho ilustre, que no dia 10 de fevereiro de 2014, completou 93 anos de idade. Hoje, com o peso dos anos, a saúde abalada, reside na capital pernambucana e não canta mais. A nossa maior estrela, por imposição do destino, se contenta apenas em ouvir aqueles que estão trilhando o caminho que ele desbravou. Os filhos, que ele sempre se orgulhou de ter criado e educado no BRAÇO DA VIOLA, reconheceram o seu esforço e cuidam dele com amor, carinho e dedicação.

Era filho de Pedro Clemente da Silva e Francelina Maria da Conceição. Filhos: Maria Auxiliadora, Maria Soledade, Maria Valéria, Eulália Clemente, Hilda Clemente, Adonay Clemente, Luiz Gonzaga, Hildo e Eron Clemente. Foi casado com Maria do Carmo, que faleceu em 2005.

Manuel Pedro sempre soube do carinho que a cidade de Belo Jardim nutre por ele e como forma de agradecimento ele fez a CANÇÃO PRINCESA DO BITURY, um verdadeiro presente. Para ouvir esse verdadeiro hino acesse o meublog:WWW.avozdopovobj.com.br  http://www.youtube.com/watch?v=xlTDorMNzLY

HISTÓRIAS:

Em 1969, organizado por Ademar de Paiva, em Recife, teve um campeonato de Cidade X Cidade. Na final,  ficaram Manuel Pedro defendendo Belo Jardim e Diniz Vitorino defendendo a cidade de Carpina. A regra,  era cada um dizer o que tinha em sua cidade. Se aproveitando do defeito visual do concorrente, Diniz afirmou que terra que um CEGO REPRESENTAVA NÃO EXISTIA GENTE DE VISÃO DENTRO DELA.

Sem perder a classe, o nosso poeta Manuel Pedro Clemente, sabedor que Belo Jardim estava em pleno desenvolvimento, pois, tinha um juiz federal(Dr. Artur Maciel), Fábrica de Baterias(Moura), fabricos diversos de doces e ainda tinha conseguindo o prêmio de Miss Pernambuco, através da pesqueirense Geruza Farias, fez esse decassílabo que entrou para a nossa história:

Belo Jardim já deu padre e deu doutor

Deu juiz federal, deu deputado

Deu uma miss, a grandeza do Estado

Deu  uma fábrica de acumulador

Deu fabricos de doces de valor

Tem a pista, tem linha e corre trem

Não é sua Carpina que so tem

Chiqueiro de bode e de galinha

QUEM TEM UMA TERRA IGUAL A MINHA

NÃO PRECISA DA TERRA DE NINGUEM.

Foi aplaudido de pé e trouxe o troféu.

Morte do Vereador Ilidio Santana:

Em uma cantoria no sitio Araçá, na residência de Inácio Brasiliano, pediram com Manuel Pedro Clemente e João Cabeleira, pediram que fosse feita uma homenagem ao vereador Ilídio  Santana de Souza, falecido recentemente em nosso município. Manuel Pedro improvisou:

Eu ouvi na bitury

Numa tarde ensolarada

Que por causa de coalhada

E um taco de abacaxi

Ilídio partia daqui

Chorava amigo e parente

No Belo Jardim da gente

Deixou  o trabalho e a fama

Morreu Ilídio Santana

Deixou saudades pra gente.

(Obs: Bitury é a Rádio Bitury AM de Belo Jardim – PE)

PREFEITO VALDECI TORRES

Em uma cantoria de Manuel Pedro Clemente, o prefeito de Belo Jardim Valdeci Torres foi prestigiar. Ao tomar conhecimento da presença do gestor, Clemente fez essa homenagem:

Do nosso Belo Jardim

Valdeci é a esperança

Nasceu no Sitio Porfírio

Perto do Sitio Balança

Terra que mamãe viveu

E eu brinquei quando criança

TODA MULHER É BOA:

Em uma cantoria com seu fiel parceiro João Cabeleira(João Caboclo da Silva), que estava desiludido com o amor insistia em atacar as mulheres, enquanto Manuel Pedro fazia fervorosamente a defesa. Vendo que o amigo não cedia aos ataques, após terminar a estrofe dizendo que até mulher de rico vivia na gafieira, Clemente o  pegou na  deixa e fez esse improviso:

Meu caro João Cabeleira

Não diga palavra a toa

Não existe mulher ruim

Pra mim toda ela é boa

SE NÃO PRESTAR PRA O MARIDO

PRESTA PRÁ OUTRA PESSOA

 ANTONIO MARINHO:

Cantava em Afogados da Ingazeira  com Otacílio Batista quando chegou a noticia da morte do poeta Antonio Marinho. Imediatamente Manuel Pedro fez essa homenagem ao colega:

Soprava uma brisa mansa

Por cima dos vegetais

Deixando nos matagais

Alguns ciscos por lembrança

O furacão com vingança

Deitava pau no caminho

Exclamava um passarinho

Um som que entristecia

E a voz do sino dizia

MORREU ANTONIO MARINHO.

COM MANUEL CHUDU:

Cantando com Manuel Chudú, que  a todo tempo, reclamava de sua fina musculatura. Para animar o companheiro, Clemente improvisou:

Nada vale a musculatura

Aonde existe o fracasso

Mais vale um forte braço fino

Do que fraco, um forte braço

QUE DEZ CENTIMETRO DE FERRO

NÃO PAGA CINCO DE AÇO.

O CÃO DA GARRAFA:

Em uma cantoria na capital pernambucana, seu companheiro terminou afirmando ser o cão da garrafa e Clemente pegou a deixa:

Sou do tamanho da girafa

Você tamanho dum mosquito

Sou do tamanho do Estado

Você menor que um distrito

Você canta ruim e feio

Eu canto bom e bonito.

O COURO DÁ:

Em um armazém no  Recife Manuel Pedro foi apresentado ao gerente de um banco da capital paulista como um grandes repentistas. Após os cumprimentos, talvez não acreditando no seu potencial, devido a deficiência visual, o gerente pediu para que fosse glosado o tema TODA OBRA O COURO DÁ.  Manuel Pedro improvisou:

Com couro se faz sapato

Sela, selote e cilhão

Se faz até um cordão

Pra pendurar-se um retrato

Gibão pra correr no mato

Pra quem quiser campear

Correia para amarrar

A reata  do vaqueiro

Rabisco e ponta de reino

TODA OBRA, O COURO DÁ.

CARESTIA:

No poema por Causa da Carestia, Manuel Pedro Clemente relata o sofrimento do povo dilacerado pelo dragão da inflação. Na estrofe abaixo, ele coloca também  o cego como vítima:

Até o cego pedinte

Vai pedir não se apruma

Tudo quanto o pobre arruma

Não dá pra o dia seguinte

Não tem mais contribuinte

Dá  a demissão do guia

Joga no mato a bacia

Toca fogo na sacola

Nunca mais ganhou esmola

POR CAUSA DA CARESTIA

Ainda sobre o mesmo tema Manuel Pedro disse:

O dinheiro de comprar carne

Pra se  comer um cozido

Vai comprar de comprimido

Pra sua esposa tomar

Na hora de se deitar

É a maior agonia

Vai dormir na rede fria

No mais cruel desatino

NUNCA MAIS NASCEU MENINO

POR CAUSA DA CARESTIA.

CHAPÉU SEM BEIRA E SEM COPA:

Em um recinto  na cidade de Lagoa dos Gatos(PE), com Manuel Domingos, tio do poeta Ivanildo Vila Nova, Clemente observava alguns poetas glosadores. De repente surgiu  o tema  Chapéu sem beira e sem copa, que foi logo descartado pelos glosadores, afirmando ser um tema  sem pé e nem cabeça.

Imediatamente, Manuel Pedro se lembrou de uma conversa que tinha tido com um ex-combatente, que afirmou que na guerra da Alemanha  era para os soldados atacarem em grupos e não isoladamente. Com o linguajar afiado, e o dom dado pela Providência Divina, afirmou ser possível atender o tema e que iria glosar. Todos pararam e Clemente glosou:

Na guerra da Alemanha

Ver-se soldados abatidos

Esbagaçados e feridos

Pelo sopé da montanha

Cinco, seis, longe da tropa

Nos desertos  da Europa

Expostos a chuva e mormaços

Corpo sem pena e sem braço

CHAPÉU SEM BEIRA E SEM COPA

Em seu poema o Merecimento da Criança, Manuel Pedro Clemente diz:

Quem nega um pão à criança

Desgosta a Virgem Maria

Quando ele morrer um dia

Perdão de Deus não alcança

Do céu perde a esperança

Pra Jesus não tem valor

É tão ruim que o Salvador

Daquele espírito se esquece

Toda criança merece

Ser tratada com amor

PRINCESA DO BITURY:

Nesse poema, Manuel Pedro Clemente declara seu amor por Belo Jardim, a sua terra natal. Difícil para mim foi escolher duas estrofes para demonstrar esse amor, pois,  elas se completam:

A maior riqueza dela

É o  Rio bitury

Água doce igual aquela

Nesse mundo inda não vi

Pra ela ganhar vantagem

Ganhou mais uma barragem

Para aumentar seu valor

Quem vê-la diz sem ter mágoa

És a cidade da água

Jóia do interior

 

Belo Jardim é o sonho

Tornado realidade

Seu panorama risonho

Demonstra felicidade

Sua mimosa paisagem

Dá mais vida a nossa imagem

E mais poesia em si

E suas flores naturais

Faz ela ser ainda mais

PRINCESA DO BITURY.

No poema POR QUE É QUE EU TOCO E CANTO , Manuel Pedro Clemente, faz um verdadeiro relato do seu prazer de cantar, até mesmo para suprir a sua deficiência visual:

Deve cantar com prazer

Quem para cantar nasceu

Aqui coloco uma frase

Que um escritor escreveu

Poesia é coisa santa

Quem canta seu mal espanta

EU CANTO ESPANTANDO O MEU.

No poema POR CAUSA DA VAIDADE , o poeta Manoel Pedro Clemente relatou:

Outro compra aonde mora

Prestação todo momento

No dia do pagamento

Inventa um almoço fora

O prestamista se escora

Mais de uma hora na grade

Reconhece a má vontade

Termina a conta perdendo

Tem muita gente sofrendo

POR CAUSA DA VAIDADE.

 

Hoje tem mulher casada

Que dá a luz um bebezinho

Não amamenta o filhinho

Pra não ficar deformada

Quer andar toda alinhada

Negando a maternidade

Deus ver da Eternidade

O mal que ela  ta fazendo

Tem muita gente sofrendo

POR CAUSA DA VAIDADE.

No poema  EU E ELA E A SAUDADE , o poeta conta a história(ou estória) de um amor escondido:

Ela em ninguém se confia 

Temendo uma falsidade

Ninguém nota, ninguém sabe

Da nossa grande amizade

Só ficou para nós três

EU E ELA E A SAUDADE.

Em nossa  conversa no dia 25 de março de 1998, encantado pelo momento  ímpar vivido cometi alguns erros, dentre os quais,  foi não ter pedido para ele recitar o poema  PARTIDA SAUDOSA e nem procurar saber a data das composições. Aos leitores do blog deixo recomendo esse link da citada canção, cantada não pelo autor, porém na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=ayiPPBm0-L0

No poema AMOR DE MÃE, o nosso vate relata o cotidiano de uma mãe:

Não há quem sofra no mundo

Como uma mãe amorosa

Seu sofrimento é profundo

Vive triste e pesarosa

Cuidando dos filhos seus

Entregando eles à Deus

E a Maria concebida

Perdendo noite de sono

E as vezes no abandono

Termina o resto da vida

 

Quando o filho está doente

A mamãe para o servir

Passa a noite paciente

Sem ter direito a dormir

Do seu filhinho cuidando

Beijando e acariciando

Tristonha e aperreada

Com o coração sem dolo

Deita seu filho no colo

E amanhece o dia sentada

 

E assim que amanhece o dia

Começa a luta diária

Dando ao filho garantia

E assistência necessária

Depois que a família cresce

TEM FILHA QUE SE ENVAIDECE

Nem se quer se lembra dela

Começa arranjando amores

Nem se recorda das dores

QUE A MÃE PADECEU POR  ELA

 

Quando é um rapazinho

Muda logo a diretriz

Dos pais dispensa o carinho

Parte pra o sul do País

Lá se entrete  com o ganho

Prazer de todo tamanho

Não se lembra mais de cá

Esquece a mãe verdadeira

Na farra e na bebedeira

Termina a vida por lá

 

A mãe derrama pranto

Pelos filhos a toda hora

Pelos filhos sofre tanto

E filho nenhum lhe adora

E uma filha, finalmente

Só sabe o que uma mãe sente

Quando um filhinho ela tem

E o filho que o pai esquece

Só sabe o que um pai padece

Quanto ele é pai também

 

E se por casualidade

O  filho erra uma vez

Nas mãos da autoridade

É conduzido ao xadrez

A mamãe banhada em pranto

Envolve a face no manto

Com um sofrimento sem fim

Com o rosto lagrimado

Diz chorando ao delegado

Solte a ele e prenda a mim

 

Se a mãe ver um filho dela

Numa luta com alguém

Pelo amor que tem ela

Entra na luta também

Não respeita tiroteio

Do barulho entra no meio

Com seu peito encorajado

Se torna forte guerreira

Passa entre bala e peixeira

E vai buscar seu filho amado

 

Finalmente uma mãe sente

Mágoa, desgosto e tortura

CORAÇÃO DE MÃE É COFRE

DE SE GUARDAR AMARGURA

Pelos filhos tudo faz

Além disso ainda é mais

Cativa do seu dever

Não tem descanso um segundo

QUE A POBRE MAE NESSE MUNDO

SÓ NASCEU PARA SOFRER.

As historias de Manuel Pedro Clemente são inúmeras. Cantou religião, o homem do campo, o sertão e o sofrimento do seu povo. Falou de amor, de paixão, de saudades, de homens, mulheres e de crianças.

Guardo um pequeno acervo desse grande poeta. Tive a oportunidade de coletar essas informações com o próprio em 25 de março de 1998.

Daquele momento,  guardo uma frase de Manuel Pedro,  em forma de agradecimento por eu estar registrando aquele momento,a sua trajetória,  ele me disse: VALDEMIR EU TINHA MEDO DE MORRER E NINGUÉM CONHECER A MINHA HISTÓRIA. Ele não viu, mas eu chorei de emoção.

JOÃO CABELEIRA E MANUEL PEDRO CLEMENTE

Fotos cedidas gentilmente por Eron Clemente(filho de Manuel Pedro)

Em 2007, fui até a Vila de Cabanas(Cachoeirinha-PE) terra onde eu nasci e seu Manuel Pedro Clemente gostava de ficar,sob os cuidados de uma irmâ. Foi uma visita muito emocionante. Hj, esse grande mestre da poesia, completa 93 anos de idade.

CANTORIA NA CASA DE NECO BRAZ NO SÍTIO ARAÇÁ:

Dificilmente eu perdia uma cantoria com Manuel Pedro Clemente. Sempre levava um gravador(fita cassete) para registrar alguns momentos. Infelizmente o áudio, não tenho mais. O tempo se encarrega de apagar essas lembranças. Na época não tínhamos a tecnologia que dispomos na atualidade.

Guardo com carinho todo acervo cultural que me foi confiado por Manuel Pedro Clemente, em 25 de março de 1998. As fotos abaixo, registrei em uma cantoria na casa do amigo Neco Braz, no Sitio Araçá, numa sensacional cantporia de pé de parede entre MANUEL PEDRO CLEMENTE E JOÃO CORNÉLIO:

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