O VOTO É EM EDUARDO. É NO 40

paulo-camaraQuem é Paulo Câmara(FOTO)? Eis a pergunta mais ouvida em Pernambuco depois da confirmação do nome do secretário da Fazenda do Governo Eduardo para concorrer à sua sucessão. A mesma indagação se repetiu dois anos atrás quando Geraldo Júlio, então secretário de Planejamento estadual, foi lançado para concorrer à Prefeitura do Recife.

Apostar em ilustres desconhecidos para o jogo majoritário não é exclusividade de Pernambuco. Quem primeiro arriscou foi o tucano Aécio Neves, em Minas Gerais, com a eleição de Antônio Anastasia, seu principal auxiliar no Governo, eleito governador de Minas. No plano nacional, Lula foi o pioneiro ao emplacar Dilma.

Achando pouco, repetiu o fenômeno para Prefeitura de São Paulo, elegendo Fernando Haddad. Postes, na linguagem política, são reproduções vivas de governos bem avaliados, de políticos populares. Não tivesse sido na sua época o melhor governador do País Aécio não teria elegido Anastasia.

O mesmo pode ser dito de Lula, no plano nacional, com a fantástica extensão à cidade de São Paulo, que nunca governou. Fiz este preâmbulo para reproduzir uma estorinha que achei interessante ao mergulhar nos ricos bastidores da escolha de Câmara para representar a Frente Popular na disputa ao Palácio das Princesas.

Reunido com algumas lideranças em seu gabinete já tarde da noite, o governador ligou para o prefeito de Paulista, Júnior Matuto, cria do presidente da Ceasa, Romero Pontual. Com o celular em viva voz quis saber a opinião dele sobre alguns candidatos.

Matuto assim o fez, dando a sua modesta colaboração divagando sobre três nomes, mas ao final disse o seguinte: “Governador, o que vai valer nesta eleição não é o nome, mas a intenção do eleitor. O eleitor que vai sair de casa para votar na realidade estará votando no candidato do melhor governador do País. Esta é a leitura”.

Eduardo deu uma gargalhada e desligou o telefone. Dois dias após, cravou o nome de Paulo Câmara, porque o que está em jogo não é o nome do seu candidato, mas a sua confiança em estar colocando em julgamento o seu governo, como fez Aécio, em Minas, e Lula, no País. A decisão está nas mãos do povo pernambucano.

Magno Martins

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