PMDB CAMINHA PARA A OPOSIÇÃO

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Antes das manifestações de rua, havia disputa entre partidos políticos no Congresso para ver qual deles era o mais “dilmista”. A presidente Dilma Rousseff aparecera em três pesquisas de avaliação com a popularidade nas alturas e os parlamentares queriam pegar carona no prestígio dela para ficar de bem com a opinião pública. Foram ou voltaram para a base governista o PDT de José Queiroz, o PTB de Armando Monteiro, o PR de Inocêncio Oliveira e o PSD de André de Paula.

Hoje, já começa a se notar um movimento inverso: partidos atrás de um pretexto para caírem fora do barco governista. O mais apressado deles é o PMDB do vice-presidente Michel Temer. O partido já se comporta com independência na Câmara Federal, graças à postura rebelde do seu líder, o deputado Eduardo Cunha, ora se vingando do Palácio do Planalto por ter demitido os afilhados políticos que ele mantinha na hidrelétrica de Furnas desde o governo do ex-presidente FHC.

A insatisfação da bancada federal com o governo está tão forte que a votação para confirmação da aliança com o PT em 2014 já começa a correr risco. Os dois partidos estão em rota de colisão em 12 estados, em razão da disputa pelos governos estaduais. E isso terá consequências graves na convenção nacional do PMDB, cuja maioria poderá rejeitar, no voto, a proposta de uma nova aliança com os petistas. Não significa ainda que o PMDB já pulou fora do barco, e sim que isto está a caminho.

O consultor – O ex-ministro Delfim Neto continua sendo ouvido por Dilma Rousseff sobre temas ligados à área econômica. Ele foi um dos signatários do Ato Institucional nº 5. E, com a sinceridade que Deus lhe deu, disse que “se as condições fossem as mesmas”, repetiria o gesto.

 

Inaldo sampaio

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