Arte em movimento: escolas públicas de Belo Jardim recebem oficinas criativas do Instituto Conceição Moura
Com atividades de desenho, música, dança, teatro e audiovisual, projeto OficcinAs à Comunidade envolve mais de 220 alunos e jovens entre 14 e 24 anos em uma semana de formação artística e protagonismo cultural
No coração de Belo Jardim, junho ganha contornos de pincel, ritmos de tambores e silêncios que falam. Pelas salas de aula, nos corredores e nos olhares atentos, a arte circula viva e presente. Com o projeto OficcinAs à Comunidade, o Instituto Conceição Moura, do Grupo Moura, oferece mais do que oficinas: promove encontros entre alunos, educadores e linguagens artísticas que ampliam horizontes e ativam pertencimentos. É a arte ocupando o espaço escolar não como visita, mas como parte integrante da formação de sujeitos criativos e conscientes.
Na segunda-feira, 16 de junho, as atividades começaram em duas escolas da rede municipal. Pela manhã, 35 alunos da EMEI Antenor Vieira participaram da oficina de desenho, abrindo a semana com traços livres e olhares atentos. À tarde, a Escola Municipal Luiz Pereira se transformou em um verdadeiro polo artístico, com quatro oficinas simultâneas: desenho (23 alunos), desenho em tela (32), teatro (34) e música (23). Crianças e adolescentes tiveram a oportunidade de experimentar diferentes formas de expressão, guiados por artistas locais que conduziram cada momento com sensibilidade e escuta.
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Nessa terça-feira (17), o projeto seguiu com oficinas em três unidades de ensino. A Escola Municipal Júlio Magalhães recebe 22 alunos para a oficina de desenho e outros 18 para artes plásticas, com atividades que envolveram colagem, pintura e experimentações visuais. Já na EMEI Castelinho, o dia promete ser de movimento: 38 crianças participam da oficina de dança, exercitando o corpo, a imaginação e o coletivo. A diversidade das linguagens ofertadas reforça o compromisso do Instituto em atender diferentes interesses e idades, promovendo experiências acessíveis e significativas.
As atividades também seguem no turno da noite com a Oficina de Audiovisual, que teve início na segunda (16) e seguirá até esta sexta (20), no Instituto Conceição Moura. Voltada a jovens entre 14 e 24 anos, a formação é dividida em quatro módulos, sempre das 18h30 às 21h30, abordando temas como linguagem cinematográfica, roteiro, captação de imagem e edição. O cursoé um convite ao olhar crítico sobre o cotidiano e à valorização das histórias locais contadas por quem vive nelas.
Nesta quarta-feira (18), acontece o terceiro módulo da oficina de audiovisual, ampliando o repertório técnico dos participantes e proporcionando um mergulho prático na produção de conteúdo. Essa continuidade pedagógica, distribuída ao longo da semana, permite um aprofundamento maior dos temas e contribui para a autonomia criativa dos jovens. A iniciativa mostra como o Instituto aposta na potência das juventudes como protagonistas de suas próprias narrativas.
O encerramento da programação ocorre na quinta-feira (20), com o quarto e último módulo da oficina de audiovisual. Será o momento de consolidar aprendizados e partilhar impressões, concluindo um ciclo de criação coletiva e formação artística que atravessou a semana em diferentes pontos da cidade. Ao final do curso, os participantes serão incentivados a produzir pequenas peças audiovisuais que reflitam suas vivências, fortalecendo a autoestima e a produção cultural local.
“Acreditamos que a arte é uma forma potente de escuta, pertencimento e transformação. Quando levamos essas oficinas para dentro das escolas, estamos ampliando horizontes e fortalecendo vínculos com a comunidade. Nosso compromisso é fomentar experiências que despertem o olhar criativo e o senso crítico desde cedo”, afirma Lorena Tenório, coordenadora executiva do Instituto Conceição Moura.
O projeto OficcinAs à Comunidade é mais do que uma série de oficinas, é um gesto contínuo de cuidado com a formação cultural de Belo Jardim. Ao levar arte às escolas, o Instituto reafirma seu papel de agente transformador, ampliando as possibilidades de futuro para crianças e jovens, e construindo, com eles, uma cidade onde a criação e a escuta andam juntas.