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MP Eleitoral pede cassação dos diplomas do prefeito e da vice-prefeita eleitos de Pesqueira por abuso de poder

O Ministério Público Eleitoral, por meio do promotor Sérgio Roberto Almeida Feliciano, se manifestou nesta quarta-feira (7) a favor da cassação dos diplomas do prefeito eleito de Pesqueira, Marcos Luidson de Araújo (Cacique Marcos – Republicanos), e da vice-prefeita eleita, Cilene Martins de Lima (Cilene do Sindicato – PT), ambos vitoriosos nas eleições de 2024.

A manifestação ocorre no âmbito da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) nº 0600530-64.2024.6.17.0055, proposta pelo ex-candidato a prefeito Delegado Rossine, que acusa os eleitos de abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral.

De acordo com a ação, o então prefeito de Pesqueira, Sebastião Leite (Bal de Mimoso), teria atuado em conluio com Cacique Marcos para favorecer sua eleição. Um dos principais elementos apontados foi o início da pavimentação asfáltica da Avenida Ésio Araújo, no bairro Baixa Grande, em 5 de outubro de 2024 — véspera do pleito. A obra teria sido interrompida no dia seguinte à votação, o que, segundo a promotoria, reforça o caráter eleitoreiro da ação.

A Promotoria afirma que a conduta afetou a legitimidade do processo eleitoral, violando os princípios da isonomia e da legalidade, ao promover desequilíbrio entre os concorrentes, já que a obra havia sido uma promessa de campanha do então candidato Cacique Marcos.

Com base nos indícios apresentados, o Ministério Público requereu:

A procedência da AIJE e a cassação dos diplomas de Marcos Luidson e Cilene Martins de Lima;

A declaração de inelegibilidade dos três envolvidos — Marcos Luidson, Cilene Martins e Sebastião Leite — pelo período de 8 anos a contar das eleições de 2024;

A comunicação imediata à Presidência da Câmara Municipal de Pesqueira e ao TRE-PE para adoção das providências legais, incluindo a possibilidade de novas eleições municipais, caso a decisão se torne definitiva.

O caso agora aguarda decisão do juiz da 55ª Zona Eleitoral, Rodrigo Flávio Alves de Oliveira, que analisará se acata ou não o parecer do Ministério Público. MAIS NOTÍCIAS…