Preso no agreste pernambucano empresário que m@t0u a esposa em Monteiro na Paraíba
Numa ação conjunta entre Polícia Civil de Pernambuco, Polícia Militar de Pernambuco, Polícia Civil da Paraíba e Polícia Rodoviária Federal, foi preso na última segunda-feira (15/07) em Brejo da Madre de Deus, no Agreste Pernambucano, o empresário, Gilson Cruz de Oliveira, de 56 anos, que é o proprietário de uma padaria na cidade de Monteiro no Sertão do Araripe Paraibano.
Gilson é acusado de ter @ss@ssin@do a esposa, Maria Vitória dos Santos, de 15 anos de idade e que foi morta a tiros em Monteiro no último domingo. Após o cometimento do feminicídio o autor fugiu para Pernambuco, onde se escondeu em Caruaru, Riacho das Almas e Brejo da Madre de Deus, onde foi preso num bloqueio realizado pela Polícia Militar.
O delegado gestor da Dinter 1 – Diretoria Integrada do
Interior 1 da Polícia Civil de Pernambuco, Dr. Bruno Vital, afirmou que recebeu um telefonema do gestor da chefia da Polícia Civil da Paraíba na região de Monteiro, informando que possivelmente o criminoso estaria na região de Caruaru, logo o delegado Bruno Vital acionou a equipe Malhas da Lei e essa ação foi lograda de êxito.
No domingo, Maria Vitória e Gilson estariam bebendo num bar da cidade quando uma discussão foi iniciada. Nesse momento o homem teria atirado na adolescente, de acordo com testemunhas.
O caso do último domingo não é o único que envolve Gilson e violência contra mulheres e menores.
Segundo consulta no site do Tribunal de Justiça da Paraíba, a agressão contra a própria filha, também adolescente na época, aconteceu em junho de 2019, em Monteiro. Enquanto a menor dormia no quarto do pai, Gilson Cruz chegou em aparente estado de embriaguez e passou a discutir com a menina.
Durante a discussão, inicialmente verbal, o denunciado chutou o cachorro da filha. Indignada com a atitude do pai, a jovem passou a “reclamar” com o acusado, quando ele começou a agredi-la com chutes, empurrões, puxões de cabelo e mordidas. Mais tarde, quando a vítima chegou à instituição de ensino onde estudava, as marcas da agressão foram vistas pela direção do educandário, que acionou o Conselho Tutelar.
Após os fatos serem comunicados na Delegacia Especializada a Mulher de Monteiro. Gilson foi ouvido e assumiu as agressões, dizendo que “perdeu a paciência”.
A denúncia foi instruída com o Inquérito Policial e recebida pelo sistema judiciário em fevereiro de 2020. Duas testemunhas também foram ouvidas em juízo e confirmaram os seus depoimentos prestados na sede policial.
Em abril de 2024 foi proferida a pena definitiva de seis meses de detenção. Segundo a juíza do caso, Anna Carla Falcão da Cunha Lima Alvez, o réu deveria iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade no regime aberto. A pena foi substituída pelo prazo de dois anos prestando serviços à comunidade.
Filha tinha medida protetiva contra Gilson Cruz
Quando procurou a delegacia em 2019, após as agressões, um pedido de medida protetiva foi expedido contra Gilson Cruz pela prática crime de lesão corporal em decorrência de violência doméstica. A medida durou dois anos.
Em 2021, a adolescente declarou que não possuía interesse na manutenção das medidas protetivas deferidas, afirmando que se reconciliou com seu pai.
Maria Vitória trabalhava para seu assassino
Conforme informações da delegacia de Monteiro, Maria Vitória conheceu Gilson quando começou a trabalhar na padaria dele há quase dois anos.
Logo depois, passaram a se relacionar e há 4 meses, moravam juntos. A família aprovava o relacionamento da menor com o homem.
A reportagem indagou sobre a possibilidade de crime sexual, dado a diferença grande de idade e o tempo do relacionamento. Apesar disso, a delegacia afirmou que o namoro se iniciou após a idade de consentimento brasileira, que é 14 anos.