DIFERENÇA ENTRE DILMA E MARINA CAIU PARA 5 PONTOS
À agência Bloomberg, fonte do governo diz que trackings das próximas pesquisas já apontam para redução da diferença entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (PSB); distância que estava em quinze pontos percentuais teria se reduzido para cinco pontos; bolsa abre em alta e já ultrapassou os 60 mil pontos; segundo a fonte, Marina ganhou parte dos votos de Dilma e um pouco de Aécio Neves (PSDB); partidos políticos fazem pesquisas diariamente com 500 eleitores para monitorar mudanças na intenção de voto
26 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 10:58
Segundo a fonte, Marina ganhou parte dos votos de Dilma e um pouco de Aécio Neves (PSDB). Na primeira pesquisa que incluiu Marina entre os candidatos, o Datafolha de 18 de agosto, a diferença entre Dilma e Marina era de 15 pontos percentuais no 1º turno. Dilma tinha 36% das intenções de voto, Marina, 21%, e Aécio 20%.Por Bloomberg
SÃO PAULO – De acordo com uma fonte do governo ouvida pela Bloomberg, Marina Silva (PSB) deve subir forte nas próximas pesquisas e diminuir a diferença sobre Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno para cinco pontos percentuais, uma diminuição de dez pontos em relação ao último Datafolha. A fonte teve acesso aos trackings (pesquisas internas) vistos pelos partidos e pediu para não ser identificada porque estes levantamentos não são publicados.
Os partidos políticos fazem pesquisas diariamente com 500 eleitores para monitorar mudanças na intenção de voto, segundo André Cesar, diretor de política pública e estratégia de negócios na consultoria Prospectiva. Esses trackings têm margem de erro maior que as pesquisas eleitorais conduzidas pessoalmente em maior escala, destacou.
A equipe de campanha de Dilma disse que não comentaria pesquisas antes de elas serem divulgadas oficialmente, enquanto a equipe de Aécio vai esperar a divulgação para comentar. Walter Feldman, coordenador da campanha de Marina Silva, disse que há sinais de que o apoio à sua candidata está crescendo. Nesta semana são esperadas as pesquisas do Ibope, CNT/MDA e Datafolha, segundo website do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ibovespa volta a subir e supera os 60 mil pontos à espera do Ibope e com Petrobras
Lara Rizério, do Infomoney – Impulsionado pelas ações da Petrobras (PETR3;PETR4), que sobem cerca de 2%, o Ibovespa volta a registrar ganhos e supera os 60 mil pontos. Às 10h27 (horário de Brasília), o índice registra ganhos de 0,46%, a 60.012 pontos, de olho no cenário eleitoral, à espera do Ibope e em meio a expectativas pelo debate presidencial na TV Bandeirantes.
De acordo com o Bom Dia Mercado, da Agência Estado, o Ibope poderá mostrar amanhã Marina Silva bem à frente de Aécio Neves, com um porcentual em torno de 27% das intenções de voto. Enquanto isso, Dilma Rousseff estaria mantendo um teto de 38% das intenções de voto. Conforme destaca o boletim, o Ibope será decisivo para confirmar a tendência mostrada no Datafolha, onde Marina venceria Dilma por 47% a 43%. De acordo com José Roberto de Toledo, em coluna para o Estado de S. Paulo, a divulgação da pesquisa será hoje às 18h no site do jornal e deve mostrar "Marina Silva surfando uma onda de opinião pública de proporções havaianas".
Está no radar também a notícia da Bloomberg de que, segundo uma fonte ouvida pela agência, uma pesquisa tracking mostrou que a diferença entre Dilma e Marina despencou de 15 para 5 pontos.
Lá fora, depois de abrir em queda, o dia é mais positivo, com os índices europeus subindo com investidores à espera do BCE (Banco Central Europeu) e de olho nas tensões envolvendo Ucrânia e Rússia. As bolsas também são impulsionadas após os dados melhoresdo que o esperado nos EUA. Já as bolsas asiáticas, encerraram o dia em queda, repercutindo as tensões geopolíticas envolvendo os dois países.
O mercado aguarda cada vez mais que o BCE amplie a liquidez já a partir da próxima semana para impulsionar a economia da zona do euro. Além disso, o presidente da autoridade monetária disse que o banco central está preparado para responder com todas as ferramentas "disponíveis" caso a inflação caia mais. Investidores seguem atentos à reunião que deve acontecer hoje entre o presidente russo e ucraniano, enquanto a Rússia estuda o envio de 2º comboio de ajuda à Ucrânia, em meio a acusações de Kiev sobre entrada de tanques no país.
Vivo e Vale em baixa No radar corporativo nacional, a Telefónica, controladora da Vivo (VIVT4), avalia subir oferta pela GVT para até 8 bilhões de euros, disseram fontes à Bloomberg. Segundo a pessoa, o conselho da companhia iria se reunir esta semana. Há duas semanas, a Telecom Italia, dona da TIM (TIMP3), confirmou seu interesse em adquirir a GVT, rivalizando com a oferta inicial de 6,7 bilhões de euros feita pela espanhola Telefónica. Segundo reportagem da Bloomberg de dois domingos atrás, a companhia italiana estaria se preparando para oferecer até 7 bilhões de euros – o que ficaria abaixo da segunda oferta da Telefónica. As ações da Vivo são destaque de baixa, com queda de cerca de 2%.
Já a Cemig (CMIG4) teve sua recomendação rebaixada pelo JPMorgan, o que leva a queda de cerca de 1,5% de seus ativos. O banco de investimentos revisou a classificação de neutra para underweight (desempenho abaixo da média), com preço-alvo para os próximos três meses de R$ 18 – abaixo do preço de fechamento de R$ 19,96 dos papéis ontem.
As ações ordinárias da Vale (VALE5) caem pelo quarto pregão consecutivo nesta terça-feira, acumulando no período perdas de cerca de 2,5%. Já as preferenciais recuam pelo terceiro dia (-2,5%). O movimento segue a queda do preço do minério de ferro, que atigiu hoje US$ 89 a tonelada, menor nível desde setembro de 2012, praticamente dois anos. Segundo a XP Investimentos, a Vale deve seguir pressionada. No mesmo horário, os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 21,52, -0,37%), holding que detém participação na mineradora, também caíam.