Morre o Poeta Louro Branco

Hoje, a poesia está de luto: morreu o Grande Mestre da Poesia, Louro Branco.

o Poeta Felizardo Moura escreveu essas décimas ao saber da morte do amigo:

A viola calou-se, o som sumiu,
toda rima está vesga, o verso manco,
com a morte do grande Louro Branco
que a convite de Deus aos céus subiu.
Se tem substituto ninguém viu
no passado, nem vê atualmente.
Nós perdemos a última semente
que o roçado do verso safrejou,
a lagarta do tempo devorou
os maiores artistas do repente.

De poetas conheço uma porção,
com as rimas polidas, versos prontos,
deixam até os ouvintes meio tontos,
boque abertos com tanta perfeição.
dizem que é improviso e não é não,
vejo gente, enganando a muita gente.
Ah se Pinto viesse novamente
pra mostrar como foi que improvisou.
A lagarta do tempo devorou
os maiores artistas do repente.

Quede Onésimo Maia, com seu tino,
Zé Francisco, uma máquina de rimas,
Onde está Lourival, irmão de Dimas,
Quede Heleno o irmão de Severino.
A doçura dos versos de Galdino,
Com a voz afinada e estridente.
Esse time de ouro, competente,
pra o gramado do céu Deus convocou.
A lagarta do tempo devorou
os artistas maiores do repente.