Eleição de dois turnos

eduardoEmbora as pesquisas mostrem a presidente Dilma sendo reeleita hoje em todos os cenários, a eleição terá segundo turno. Quem garante é o tarimbado marqueteiro Marcelo Teixeira, da Makplan. Argumentos para isso ele tem aos montes.

Olhando para o retrovisor, lembra que o poderoso Lula, nas duas eleições que disputou e saiu vitorioso, não conseguiu liquidar a fatura no primeiro turno.

Na eleição passada, empurrada pelo prestígio de Lula, Dilma só ganhou no segundo turno, mesmo enfrentando José Serra, candidato com baixo grau de simpatia, e tendo a favor um PIB robusto, em torno de 7,5% e, mais do que isso, Lula no poder.

Teixeira ressalta, também, o apoio de governadores do Nordeste que se reelegeram fáceis, como Eduardo Campos, em Pernambuco; Jacque Wagner, na Bahia; Marcelo Deda, em Sergipe, dentre outros.

“Em 2014, Dilma não tem Lula no poder, o PIB virou um pibinho e muitos governadores, que se apresentaram imbatíveis na eleição passada, em sua grande maioria apresenta desgastes”, diz.

O marqueteiro reforça a sua tese, ainda olhando pelo retrovisor, lembrando que acompanhou pesquisas das últimas três eleições presidências e grande parte errou as projeções descartando o segundo turno, que se traduziu em realidade.

“As pesquisas, muitas vezes, não refletem as abstenções, os votos nulos e brancos, a chamada realidade eleitoral”, destaca Teixeira.

Quanto ao segundo turno em 2014, que ele dá como certo, o marqueteiro diz que, diferente das eleições passadas, quando o PSDB apresentou candidatos com grau alto de rejeição, como Alckmin e Serra, se Eduardo Campos for o adversário haverá um grande contraponto.

“Eduardo é o fato novo, criou uma aliança poderosa com Marina, é simpático, bom de rua, tem presença forte na televisão e desempenho espetacular nas ruas, diferente de Dilma, cuja taxa de simpatia é baixíssima”, atesta.

Para ele, esta eleição presidencial é de dois turnos. Já em relação à sucessão estadual, Teixeira não acredita que o PT abra mão da cabeça de chapa, porque, no seu entender, o partido já definiu a rota dos candidatos a governador em praticamente todos os Estados.

“No caso de Pernambuco, se for diferente, será uma exceção”, adverte.

Fonte: Magno Martins

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *