A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da Delegacia de Polícia da 104ª Circunscrição – Belo Jardim, informa que foi remetido à Justiça o inquérito referente ao homicídio de Bartolomeu Wagner Herculino, ocorrido em 10/04/2019. A investigação foi conduzida pelo Delegado titular de Belo Jardim, João Carlos Oliveira, e sua equipe. Vale esclarecer que o crime não possui qualquer conotação política, mas é relacionado a uma dívida entre o autor e a vítima.
O delegado João Carlos Oliveira poderá falar com a imprensa nesta quinta-feira (26), às 10h, na sede da Delegacia de Belo Jardim.
A investigação levou em consideração o fato de o telefone celular da vítima ter sido subtraído do local do crime. A partir desse número da vítima foram solicitadas informações à operadora de telefonia. O delegado informa que, ao observar os dados, verificou que um número entrou em contato com a vítima momentos antes do crime. Assim sendo, foram solicitadas novamente informações à operadora, mas, desta vez, com relação ao segundo número que fez contato com a vítima.
Respondida a solicitação, foi identificado que o celular havia sido cadastrado em nome de uma pessoa que se encontra presa no município de Caruaru, porém, foram enviadas também algumas informações relacionadas ao chip ativado no referido aparelho. Através desse novo chip descobriu-se onde foi adquirido e a origem do aparelho em que ativado.
No estabelecimento comercial, através do comprovante de venda, descobriu-se o nome da pessoa que os adquiriu, o que foi feito na mesma data do crime, ou seja, 10/04/2019. Essa pessoa passou então a figurar na condição de suspeito e foi intimada para interrogatório. Assim, o crime foi elucidado ao se descobrir que a motivação foi uma dívida não adimplida pelo autor com relação a um aparelho celular a ele vendido pela vítima, que então lhe passou a fazer incessantes ameaças de morte, inclusive a seus familiares.
A ligação que foi feita para a vítima, momentos antes do crime, teve a finalidade de fazer com que saísse de casa e fosse atraída ao local onde foi cometido o crime. Desde o início sabia-se que a pessoa que o atraiu era de seu conhecimento, pois saiu de casa àquela hora da noite e com a roupa do corpo, deixando sua casa aberta, luzes acesas e televisão ligada.
Considerando que a motivação apresentada foi por receio das ameaças por parte da vítima, não será divulgada, por ora, a identidade do autor, por medida de segurança sua, de seus familiares e também os da vítima.
O procedimento encontra-se sob sigilo absoluto e demais informações processuais só serão divulgadas, caso convenientes, após o fim do recesso forense.
104a Circ. Pol. de Belo Jardim – 15a Dese