Auxílio Brasil: 128 mil famílias entram na fila após eleições

128 mil famílias entraram na fila do Auxílio Brasil após o fim das eleições. Foto: Rafael Henrique / SOPA Images / LightRocket / Getty Images.
128 mil famílias entraram na fila do Auxílio Brasil após o fim das eleições. Foto: Rafael Henrique / SOPA Images / LightRocket / Getty Images.
  • A fila de espera para receber o benefício do Auxílio Brasil voltou a crescer durante o mês de novembro;
  • Dados mostram que cerca de 128 mil famílias entraram na lista após o fim das eleições;
  • Com proximidade das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) expandiu o orçamento do benefício.

Terminada as eleições presidenciais, a fila de espera para receber o benefício do Auxílio Brasil voltou a crescer no mês de novembro.

Dados obtidos pela Folha de S. Paulo apontam que cerca de 128 mil famílias entraram na lista após o fim do pleito.

A informação demonstra que essas pessoas já tiveram seu cadastro aprovado pelo Ministério da Cidadania e que ainda não foram atendidas.

No começo deste ano, a fila estava zerada. Contudo, a falta de orçamento para auxiliar o programa fez com que o represamento nas concessões fosse crescendo a cada mês, até chegar a cerca de 1,6 milhão de famílias na lista em julho.

Com a proximidade das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) expandiu o orçamento do benefício no segundo semestre.

Desse modo, ele conseguiu zerar as filas de agosto a outubro e ampliou o número de famílias presentes no programa de transferência de renda.

Contudo, agora, o represamento de famílias de baixa renda, enquadradas no perfil do Auxílio Brasil, gerará mais pressão no programa durante o começo do mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltará a utilizar o nome Bolsa Família.

A equipe de transição estima um gasto de R$ 175 bilhões com o programa social em 2023. Dentro desse valor, R$ 157 bilhões serão destinados para o benefício mínimo de R$ 600 por família, enquanto R$ 18 bilhões serão designados para a promessa de conceder R$ 150 por criança de até seis anos.