Depois de caminhão, Moura mira eletrificação de ônibus

Parceira da gigante chinesa CATL, líder mundial na produção de baterias de lítio para motorização de automóveis, a pernambucana Baterias Moura aposta no crescimento do mercado de caminhões eletrificados segmento para o qual já entregou mais de 240 conjuntos montados da sua planta de Belo Jardim (PE) e finalizados numa célula que mantém da unidade de Rezende (RJ) da Volkswagen Caminhões.

O projeto evoluiu do caminhão Delivery de 11 para um modelo de 14 toneladas que a montadora está colocando no mercado. Mas a fabricante de baterias automotivas de chumbo tem planos maiores: mira o mercado de ônibus urbanos que dever ser uma tendência nas principais cidades brasileiras. As informações são do colunista Fernando Castilho, do JC.

É um mercado por descobrir. Mas que vai chegar, prevê o diretor de Lítio, Bess, Baterias Industriais e RSM da Moura, Luiz Mello, uma das área que recebeu forte investimento da companhia nos últimos anos exatamente por acreditar na mudança que o mercado de conservação de energia está observando.

Um mercado que vai da montagem de conjuntos elétrico com células produzidas pela CATL e que já inclui componentes nacionais ao mercado de baterias para segmento tão distintos como o de baterias que armazenas energia solar para uso noturno em lugares remotos ao BESS, os conjunto de grande porte de baterias para armazenamento de blocos de energia gerados por usinas eólicas e solares e que podem ser injetados na rede pública nos horários de pico.

A Moura é integrante do e-Consórcio da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), para fornecer os sistemas de bateria de lítio e seus componentes, em parceria com a chinesa Contemporary Amperex Technology Co Ltd (CATL), para os novos caminhões 100% elétricos VW e-Delivery. A bateria utiliza a química Lítio, Ferro e Fosfato (LFP), que oferece maior tempo de vida útil e maior densidade energética, além de ampla capacidade para suportar ciclos profundos (recargas totais após descargas completas).

Faz tempo que a Moura – que em 2023 fará 65 anos no mercado – lidera a produção no Brasil de baterias de chumbo para veículos produzidos pela indústria automobilista nacional. Assim como, há muito tempo, a companhia desde que completou 50 anos produz uma lista de baterias estacionarias para os mais inusitados destinos. Mas o ciclo do lítio está cada vez mais presente na estratégia da empresa pelo que vai revolucionar no segmento de veículos.

Luiz Mello diz que o Brasil vai precisar passar, primeiro pelo híbrido, para depois chegar ao elétrico puro. Mas que esse é um processo irreversível. “O que a Moura vai fazer é de preparar. Inclusive, aproveitando a trajetória que estamos conseguindo escrever no caminhão e que vai chegar no ônibus.

O mercado Brasil de ônibus urbano é um negócio de 6 mil unidades/no disputado não só pela Volkswagen como a Volvo e a Mercedez Benz que estão trabalhando produtos no segmento de baterias de lítio como já está acontecendo na Europa onde o ônibus elétrico começou a substituir o ônibus a gás natural.