Maqueiros do HSE podem decretar greve em Pernambuco

 

Maqueiros terceirizados que trabalham no Hospital dos Servidores do Estado (HSE), localizado no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, denunciam que ainda não receberam o salário do mês. Além disso, afirmam que os atrasos na folha de pagamento são recorrentes e sofrem todos os meses para conseguir pagar as contas e até colocar comida na mesa.

Os trabalhadores integram o quadro de funcionários da Maranata, empresa terceirizada contratada para atuar no HSE. Segundo uma das fontes (iremos preservar os nomes para evitar que sofram alguma represália), na última terça-feira (12), um dos representantes da Maranata se reuniu com os terceirizados e afirmou que os pagamentos estão atrasados por falta de repasses do Instituto de Recursos Humanos (IRH), autarquia do Governo de Pernambuco.

Atuando há mais de dois anos no HSE, o maqueiro aponta que todos os meses é a mesma dificuldade para receber o salário, ticket e até as cestas básicas que tem direito.

“Nada é pago em dia, mas de janeiro pra cá tudo vem se agravando mais ainda depois que a nova gestão assumiu, que é a gestão de Raquel Lyra. A gente trabalha lá e vive recebendo migalhas”, afirma.

Uma outra fonte, que também trabalha como maqueiro no HSE, confirmou ao blog que neste ano, já passou três meses para poder receber uma cesta básica, direito que deveria ser entregue aos terceirizados todos os meses. “A empresa não tem respeito com a gente, que trabalha com pacientes, pegando peso pra cima e pra baixo dentro do hospital – inclusive óbitos.

O problema é que quando vira cada mês, não temos a esperança que vamos receber”, desabafa.

Os maqueiros afirmam que se não receberem os salários atrasados nesta segunda-feira (18), a categoria irá paralisar os serviços a partir das 7h da manhã da próxima terça-feira (19.09.23)

O blog entrou em contato com o Instituto de Recursos Humanos (IRH) solicitando uma posição sobre o pagamento dos terceirizados, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. Também não conseguimos falar com a Maranata Terceirizações.

Magno Martins