‘Eu voei nas goelas dela’, disse agricultora que ficou ferida após ser atacada por onça-parda no Sertão

Maria Inez Freire Barros de Sá, de 58 anos, está internada em um hospital da rede pública após ter sido atacada por uma onça-parda no último sábado (13) em Carnaubeira da Penha, no Sertão. Ao g1, a agricultora contou que estava sozinha na roça no momento do ataque e que usou a força para se defender do animal.

Maria Inez estava em uma plantação em Jacurutu, zona rural do município. A agricultora disse que ia capinar para dar alimento a duas vacas e dar água às cabras quando o ataque aconteceu.

“Ela voou na minha perna e ficou mordendo, rasgou minha calça que era de malha. E eu voei nas goelas dela pra tirar ela da minha perna e ela mordeu muito a mão direita. Consegui apertar muito ela na garganta e joguei ela pra dentro do capim e corri pra dentro de casa”, disse Maria Inez.

A agricultora disse ainda que o animal chegou a rosnar na direção dela quando conseguiu entrar em casa. Ela gritou, pediu ajuda e foi levada pelo filho ao hospital. Maria foi internada no Hospital Coronel Álvaro Ferraz, em Floresta, e em seguida foi transferida para o Hospital Professor Agamenon Magalhães, em Serra Talhada, e voltou para o Hospital Coronel Álvaro, onde permanece internada.

Maria está em observação e se recupera dos ferimentos na unidade de saúde. Ela chegou a passar por um procedimento cirúrgico e tomou uma vacina antirrábica.

O que dizem as autoridades?

A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) disse que tomou conhecimento, extraoficialmente, do caso envolvendo uma onça-parda no Sertão do estado. A Agência reforça que o animal estava em vida livre em seu habitat natural e que, normalmente, a onça-parda, bodeira ou suçuarana (Puma concolor) evitam a interação com humanos.

A CPRH afirmou que orienta os produtores rurais da região que, para evitar incidentes, que deixem os animais de criação e domésticos em local resguardado e próximo a área de boa iluminação no período noturno.

A mesma orientação serve para as áreas com circulação de pessoas, manter uma boa iluminação e evitar aproximação com esses felinos.  G1