Câmara muda ordem da votação do impeachment
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou atrás e decidiu mudar a ordem de chamada dos deputados para a votação do impeachment neste domingo.
Agora, a votação será feita alternadamente entre deputados de Estados das diferentes regiões do país, chamando alternadamente primeiro uma bancada de um Estado do Norte e, em seguida, a bancada de um Estado da região Sul. Em cada Estado, a votação será por ordem alfabética por nome dos deputados. Votam todos os deputados de um Estado e, em seguida, todos do próximo.
A lista seguirá a seguinte ordem:
1 – Roraima – 8 deputados
2 – Rio Grande do Sul – 30 deputados
3 – Santa Catarina – 17 deputados
4 – Amapá – 9 deputados
5 – Pará – 21 deputados
6 – Paraná – 29 deputados
7 – Mato Grosso do Sul – 8 deputados
8 – Amazonas – 9 deputados
9 – Rondônia – 8 deputados
10 – Goiás – 17 deputados
11 – Distrito Federal – 8 deputados
12 – Acre – 8 deputados
13 – Tocantins – 8 deputados
14 – Mato Grosso – 8 deputados
15 – São Paulo – 70 deputados
16 – Maranhão – 18 deputados
17 – Ceará – 24 deputados
18 – Rio de Janeiro – 45 deputados
19 – Espírito Santo – 9 deputados
20 – Piauí – 8 deputados
21 – Rio Grande do Norte – 8 deputados
22 – Minas Gerais – 55 deputados
23 – Paraíba – 10 deputados
24 – Pernambuco – 25 deputados
25 – Bahia – 39 deputados
26 – Sergipe – 8 deputados
27 – Alagoas – 8 deputados
Mudança de critérios
Antes, Cunha havia definido que a votação seria feita seguindo a ordem dos Estados de Sul a Norte do país. Deputados da base aliada argumentavam que esse método poderia privilegiar a oposição, que espera um maior apoio ao impeachment nas regiões Sul e Sudeste.
A nova decisão de Cunha foi lida no plenário da Câmara pelo 1º secretário, Beto Mansur (PRB-SP), na tarde de hoje.
Mansur leu o documento com a decisão da Presidência da Câmara. No texto, Cunha afirma que partiu de “premissas equivocadas” e que já havia indicado em sua última decisão que sua opinião pessoal era de que deveria haver alternância entre as regiões do país. Ainda segundo o texto lido por Mansur, Cunha afirma na decisão também ter errado ao considerar que haveria a tradição na Câmara de seguir a ordem geográfica dos Estados.