A homenagem do blog do Magno á Inaldo Sampaio

Inaldo amava a notícia e o Sertão

Tem uma máxima de Gabriel Garcia Márquez, autor do best-seller Cem anos de Solidão, que jornalismo é uma paixão insaciável. Inaldo Sampaio, colunista político que Deus abreviou, ontem, sua missão na terra, era como o escritor colombiano, mas com uma diferença: amava também a arte musical.

Quando o conheci, só soube que era saxofonista e pajeuzeiro como eu, informado por amigos. Tinha muitas coisas parecidas comigo, a maior delas o amor pelo Pajeú e sua gente simples. Inaldo deixava de curtir o carnaval com a família para soprar o seu sax numa orquestra de São José do Egito, vizinha de minha Afogados da Ingazeira, nas quatro noites de folia.

Enquanto tocava, colhia notícias, porque jornalismo, para ele, era tirar a venda dos olhos de quem não conhece a verdade. Inaldo deixa uma lacuna enorme na Imprensa nordestina. Para mim, seu ofício de bem informar era um fio, que ligava as pessoas aos fatos da política.

Apego ao torrão – Inaldo Sampaio era tão apegado ao seu torrão natal que, embora tenha feito cursos no Exterior, reclamava quando aparecia viagens, porque não gostava de quebrar a rotina na província. Em Brasília, o encontrei raramente. Mas mesmo assim, tinha faro para a notícia como o pastor Alemão em busca da caça. Deixa o legado da honestidade e da imparcialidade.