Paulo Câmara avalia números da pandemia com prefeitos do Agreste

 

Reunido com prefeitos, Governador avalia a possibilidade de medidas mais restritivas no Agreste*

O aumento no número de casos positivos para covid-19 e de solicitações de leitos de UTI, fez com que o Governador Paulo Câmara reunisse prefeitos e prefeitas do Agreste, nesta sexta-feira (14), por videoconferência, através da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), para apresentar dados atualizados do avanço da doença e discutir a possibilidade da adoção de medidas mais restritivas para a região. Participaram da reunião o secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, o secretário de Saúde André Longo, além do presidente da Amupe, José Patriota e do Procurador Geral de Justiça de Pernambuco, Paulo Augusto.

Segundo o Governador Paulo Câmara, hoje, Pernambuco conta com cerca de 1.700 leitos de UTI, sendo o 26° estado com menor taxa de morte por covid-19 no Brasil, em 2021, mas atentou para os números crescentes no Agreste. “É um esforço incansável que vem sendo feito para salvar vidas. Além da abertura de leitos, temos medidas restritivas em vigor que podem ser estendidas ou não a depender da consciência da população quanto ao cumprimento. Temos a vacinação, que não ocorre no ritmo que nós gostaríamos, mas já traz resultados na queda do percentual de internação de pessoas com faixa etárias mais altas. Portanto, é possível ter um entendimento do que é possível fazer na questão do Agreste para reduzir a transmissão do vírus”, disse Paulo Câmara.

A região do Agreste é a que mais sofre com aumentos dos números. Para o secretário de Saúde, André Longo,“o monitoramento dos dados é realizado diariamente e foi constatado um reaquecimento do número de casos positivos em nosso laboratório estadual. Infelizmente, o Agreste sobe 44% nas demandas de solicitação de UTI, enquanto o resto do estado sobe 13%. O apoio do governo do estado é total para a abertura de novos leitos, mas isso não dá conta, precisamos reduzir a circulação viral e para isso não há outra medida que não seja o cuidado com a circulação das pessoas”, frisou Longo.

O Procurador Geral de Justiça de Pernambuco, Paulo Augusto, falou sobre o pioneirismo de Pernambuco na uniformidade entre os municípios na tomada de ações de combate à pandemia e pediu ações conjuntas entre os gestores. Os prefeitos e prefeitas foram unânimes quanto à necessidade da adoção de medidas mais restritivas na região, colocaram os municípios à disposição do Estado para a instalação de novos leitos, e reivindicaram o apoio do estado quanto à situação das filas nas agências da Caixa que geram grandes aglomerações e na celeridade da entrega dos resultados de testes que vão ao Lacen/PE. Em resposta, o governador Paulo Câmara e o secretário André Longo consideraram rever a periodicidade da entrega dos diagnósticos, adquirir 1 milhão de testes rápidos para os municípios e promover diálogo com a Caixa Econômica Federal a fim de sanar a questão das aglomerações em filas.

Ao final do encontro, o presidente da Amupe, José Patriota, disse que “os prefeitos e prefeitas se mostraram a favor da necessidade de adoção de medidas mais restritivas”. Segundo ele, “a Amupe sempre foi promotora do diálogo e estará à disposição para lutar nos momentos difíceis, ao lado dos prefeitos e prefeitas, sempre com o objetivo de poupar vidas e trazer a melhoria de vida para o povo pernambucano”, concluiu.

Governador e integrantes do Gabinete de Enfrentamento à Covid mostraram aos gestores dados 

que apontam aumento de solicitações de leitos e casos na região

O governador Paulo Câmara coordenou, na tarde desta sexta-feira (14.05), reunião por videoconferência com o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, e prefeitos do Agreste para compartilhar os últimos dados da pandemia na região. Nas últimas duas semanas, o número de solicitações de UTI subiram 44% nos municípios da 2ª Macrorregião de Saúde, que engloba a maior parte do Agreste.

“A aceleração da doença na 2ª Macrorregião tem nos preocupado. Casos e solicitações de leitos de UTI têm aumentado em um movimento diferente do restante do Estado. Conversamos com os prefeitos para deixá-los a par da situação e informar que o Gabinete de Enfrentamento está avaliando as medidas a serem tomadas, inclusive com a possibilidade de novas restrições”, detalhou Paulo Câmara na reunião, da qual participaram cerca de 90 gestores, entre prefeitos e secretários municipais de saúde.

O secretário de Saúde do Estado, André Longo, explicou que os índices de casos e solicitações de UTI são os primeiros a demonstrar oscilação quando há aceleração da doença. E que uma sequência de semanas de aumento só pode ser interrompida com um conjunto de ações. “Casos e demandas de UTI aparecem antes do aumento de óbitos. Estamos totalmente focados no detalhamento dos dados da 2ª Macro, para definir como vamos interromper essa nova aceleração”, pontuou.

André Longo frisou ainda que ações com efeitos a curto prazo são necessárias neste momento. “Um incremento da vacinação é o que todos queremos para o Estado inteiro, mas isso só traria efeitos mais de um mês adiante, porque os efeitos da imunização só são sentidos 15 dias depois de as pessoas tomarem a segunda dose da vacina. Estamos considerando ações mais imediatas”, concluiu o secretário.

 

Fotos: Heudes Regis/SEI