Lula PT partido preferido
(Foto: Ricardo Stuckert)

A última pesquisa Datafolha revelou que o PT vive seu melhor momento desde 2013 em termos de preferência partidária, com 28% dos entrevistados afirmando preferir o partido, percentual muito acima do registrado pelos vice-líderes PSDB e MDB, que marcam 2% cada. PDT e PSOL têm 1% cada e os demais partidos não pontuaram. As informações foram divulgadas pela Folha de S.Paulo.

O PT é a legenda preferida dos brasileiros desde 1999 e, agora, se aproxima do pico de apoio, alcançado em abril de 2012, durante o primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff. Na ocasião, a preferência pela legenda chegava a 31%.

Os anos seguintes reservaram um baque. Em 2013, semanas após os protestos de junho, o índice chegou a apenas 19%. Em março de 2015, veio o pior resultado: 9%. A sigla se recuperou parcialmente em abril de 2017, já sob o governo de Michel Temer, anotando 15%. Depois, chegou à faixa dos 20% e se manteve nela, com pequenas variações.

A pesquisa foi realizada entre 13 e 16 de dezembro com 3.666 pessoas, em 191 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Série histórica

O Datafolha realiza pesquisas sobre preferência partidária desde 1989. Na série histórica, a maior parcela da população sempre declarou não ter especial simpatia por nenhuma sigla. Nesta última sondagem, porém, houve queda nesse grupo. Passou de 61%, em setembro, para 54% agora.

No mesmo período de tempo, o PFL, hoje DEM, apresentava desempenho bem mais expressivo, como os 9% registrados em setembro de 1997. A virada dos anos 2000, contudo, marcou a definitiva ascensão do PT e a desidratação dessas duas siglas.

Fato curioso também ocorreu com o PSL. Partido nanico, até junho de 2018 nunca havia pontuado nas pesquisas do Datafolha, com a grande maioria das legendas nacionais. No entanto, Jair Bolsonaro naquele ano filiou-se ao PSL para disputar a Presidência.

A partir de 2019, porém, a maré começou a refluir. Bolsonaro entrou em desavença com a sigla e se desfilou em novembro daquele ano. No mês seguinte, o PSL marcou 2%. Em julho deste ano, tinha 1%. Nas duas últimas pesquisas, nem pontuou.