O presente de grego de Raquel para Belo Jardim: gatunagem de R$ 9 milhões no ICMS, diz Prefeito Gilvandro Estrela

Ao apagar das luzes de 2023, o prefeito de Belo Jardim, Gilvandro Estrela (UB), faz um desabafo que deixa a governadora Raquel Lyra (PSDB) numa situação deplorável diante da população do município: pelo projeto de redistribuição do ICMS, de autoria da tucana, já aprovado pela Assembleia Legislativa, Belo Jardim perderá mais de R$ 9 milhões de receita própria. “Demos 27 mil votos para garantir sua vitória no segundo turno. E o presente de Natal que ganhamos foi ficar sem essa dinheirama no ano que vem em relação a este ano”, disse Estrela.

Para um município do porte de Belo Jardim, segundo o prefeito, é uma queda muito grande. “Uma notícia triste, porque eu não posso me dar ao luxo de abrir mão desse valor”, diz ele, numa entrevista gravada, há pouco, para o Frente a Frente, programa da Rede Nordeste de Rádio, que vai ao ar hoje às 18 horas para 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a 102,1 FM, no Recife.

Ele espera, contudo, que a governadora tenha sensibilidade para com o município e que encontre uma forma de repor esse dinheiro que a cidade vai perder com essa redistribuição do ICMS.

“Por se tratar de uma lei, ela não pode mais mudar, mas eu acredito que pode compensar de uma outra forma. Eu acredito que quando se quer, tudo é possível. Eu tenho certeza de que ela não vai permitir. Eu sei que foi uma parceria com a Assembleia, a Amupe, que entendeu que os pequenos tinham mais necessidade, mas tirar logo de Belo Jardim. Não é justo surrupiar quase R$ 10 milhões em 2024”, lamenta Estrela.

De acordo com o prefeito, essa redistribuição nos moldes propostos pela governadora não foi justa para Belo Jardim, município que consegue um bom repasse de ICMS em detrimento das indústrias instaladas no local, com destaque para o grupo de baterias Moura.

“Essa partilha que estão fazendo com esse dinheiro do ICMS afeta fortemente Belo Jardim. Eu tomei conhecimento que João Campos fez o maior estardalhaço porque abriu mão de R$ 8 milhões. Aqui, vamos abrir mão de quase R$ 10 milhões. Só que não se pode comparar Belo Jardim com o Recife, a cidade mais rica do Estado. Aqui, nós estamos na penúria. Então, é preciso que a governadora tenha sensibilidade, e eu sei que ela vai ter, e eu vou conversar com ela”, desabafou.

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