Família de Davi Boiadeiro, morto em PE, tem histórico de homicídios e revanche em Alagoas

A família de Davi Boiadeiro, assassinado nesta quinta-feira (28), em Serra Talhada, interior de Pernambuco, tem um histórico de condenações por assassinato e revanche entre famílias na cidade de Batalha, em Alagoas. A polícia investiga o mais recente assassinato na família e ainda não tem informações sobre suspeitos.

Davi Rodrigues dos Santos, de 32 anos, já tinha sido condenado em 2022 pela morte da enfermeira Mércia Ladislau Góes, de 46 anos. Ele foi preso em 2015, no mesmo ano em que o crime aconteceu, passou ao regime semiaberto usando tornozeleira eletrônica, mas rompeu o equipamento e fugiu para a cidade de Garanhuns, onde foi preso novamente após tentar matar um homem.

O primo de Davi, Thiago Lucas, participou do assassinato da enfermeira e foi condenado a 15 anos de prisão. Em 2019, a Polícia Civil desarticulou o plano da família Boiadeiro para matar o governador de Alagoas Paulo Dantas, que na época ocupava o cargo de deputado estadual, e a sua esposa, Marina Dantas, que era prefeita de Batalha.

Áudios interceptados pela polícia registraram as vozes de José Márcio Cavalcanti de Melo, o Baixinho Boiadeiro, e a do seu primo Dênis Boiadeiro, que chegaram a oferecer R$ 300 mil a pistoleiros de Pernambuco para executarem o casal.

Baixinho Boiadeiro e o seu irmão, Anselmo Cavalcanti de Melo, Preto Boiadeiro, foram condenados a 45 anos de prisão por um duplo homicídio ocorrido em 2006. Baixinho também foi apontado como autor do homicídio do vereador de Batalha Tony Pretinho e da tentativa de assassinato a José Emílio Dantas.

Outro integrante da família, José Laelson Rodrigues de Melo, Laércio do Boiadeiro, pai de Davi, foi condenado em 2012 a 35 anos de prisão pelo assassinato do ex-prefeito de Batalha, José Miguel Rodrigues Dantas.

Por causa da troca de acusações entre famílias rivais e a violência gerada na cidade naquele ano, equipes policiais ocuparam a cidade para evitar mais assassinatos.