Autismo: Cuidadora de 65 anos é presa em flagrante após agredir criança de 11 anos

Na última segunda-feira (12), uma cuidadora de 65 anos foi presa em flagrante, no bairro de Bento Ribeiro, Zona Norte do Rio, após ser flagrada agredindo com pontapés, apertões e tapas, uma criança de 11 anos, autista de nível 3, que não consegue se comunicar. Vera Lúcia Soares era uma pessoa de confiança da família do pai da criança, ela já tinha inclusive, trabalhado 16 anos no restaurante do avô paterno das crianças. A cuidadora já acompanhava os irmãos a mais de 1 ano.

Marcele de Lima Pereira, mãe das crianças e Policial Militar estava trabalhando na madrugada do domingo e pediu que Vera fosse a sua casa para cuidar das crianças enquanto a mesma descansava após o plantão. A cuidadora então chegou à casa por volta das 9h e quando a mãe das crianças se levantou na hora do almoço encontrou Vera cochilando no sofá junto com o filho de 11 anos de Marcele.

Em um momento daquela tarde a criança de 11 anos, Lucas estava no sofá com a cuidadora quando tentou se levantar do sofá e a mesma deu uma cotovelada na criança, nesse momento a mãe de Lucas Marcele acabou vendo parte da cena e começou a discutir com a cuidadora que ao se explicar disse que essas “brincadeiras” eram comuns entre eles, incluindo “soquinhos” e “cosquinha” na região genital.

A mãe então pediu para a cuidadora sair da casa e foi olhar as gravações da câmera de segurança posicionada na sala da casa, nas gravações a cuidadora desferia tapas, cotoveladas, apertões, pontapés e chutes na criança de 11 anos. A mãe ao ver as cenas chamou a polícia que encontrou a suspeita em uma padaria, ela foi detida e passou por uma audiência de custódia onde o juiz Alex Quaresma Ravache negou o pedido da defesa da mulher e transformou em preventiva a prisão em flagrante da cuidadora.

A mãe de Lucas desconfia ainda que essa não tenha sido a primeira vez que Vera agrediu a criança, visto que ele aparecia as vezes com algum machucado, mas por ser uma criança muito ativa a mãe não percebei nada demais, a criança também chorava quando a cuidadora chegava na casa, mas a mãe achava que ele chorava por entender que ela precisaria se ausentar para ir trabalhar. Quando acontecia de Lucas aparecer com um “machucado maior”, a cuidadora sempre tinha uma explicação muito coerente para a situação, fazendo com que Marcele nunca desconfiasse das agressões.