MAU USO DO SISTEMA É UM DOS VILÕES DOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO DE ESGOTO

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Encontrar materiais inadequados dentro dos poços de visita, local onde os técnicos realizam os serviços de manutenção de esgoto, está sendo rotina para os técnicos que trabalham nesta área. No último fim de semana, por exemplo, eles encontraram três pneus, diversas sacolas plásticas, além de muito entulho ao iniciarem os serviços de desobstrução da rede coletora de esgoto na Rua Ribeiro Couto, na UR-11, Ibura, em Jaboatão dos Guararapes. Este, porém, não é um problema isolado de um bairro. Os técnicos têm encontrado, frequentemente, diversos materiais na rede de esgoto, por onde só deveria passar os dejetos.

Nos diversos serviços de manutenção que realizam na Região Metropolitana do Recife, os técnicos encontram de tudo: muita pedra, pedaços de madeira, côco, garrafas PET, sacos cheios de lixo, brinquedos, galhos de bananeira e até pedaços de móveis. Esses materiais provocam o entupimento das tubulações, ocasionando as obstruções da rede e, nos casos mais graves, chegam a quebrar os tubos. O mau uso dos sistemas de esgoto tem sido um dos vilões da maioria dos serviços solicitados para manutenção de esgoto.

Na maioria das vezes, é necessário reconstruir toda a estrutura do poço de visita, que é um trabalho mais demorado. “É importante que as pessoas se conscientizem que o lixo precisa ser jogado no lixo e não nas redes coletoras de esgoto, que só deveriam receber os dejetos para tratamento”, esclarece o superintendente da área metropolitana Sul da Compesa, Ronaldo Castro.

Segundo ele, o custo elevado com serviços de manutenção poderia ser evitado se o entendimento da população fosse outro. “Estimamos um prejuízo anual de cerca de R$ 3 milhões. Com a entrada do parceiro privado nos serviços de esgoto, a Foz, todas essas ocorrências estão sendo catalogadas para que consigamos mensurar, com precisão, quanto deixamos de investir na melhoria dos sistemas para bancar os custos de manutenção em decorrência dessa problemática”, afirma o superintendente.

De acordo com Ronaldo Castro, o mau uso do sistema acaba trazendo um custo de operação à companhia que não deveria existir. “Para garantir uma prestação de serviço com qualidade e um rápido atendimento aos nossos clientes, necessitamos do apoio de toda a população para que se lance na rede coletora apenas esgoto doméstico. Materiais como sacos plásticos, garrafas PET, lixo doméstico, restos de podação e vestuário usado não podem ser lançados, pois o prejuízo é generalizado. Extravasamento de esgoto afeta toda a comunidade. Precisamos unir forças para mudar esta realidade”, alerta.

Logo abaixo, fotos da quantidade de lixo retirado de um poço de visita durante serviço realizado no último final de semana na UR-11, Ibura:

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