Exposição de artes visuais estreia sábado (9), em Belo Jardim

‘A vida, o lar e o tempo’ fica aberta nos dias 9, 10 e 11 de abril; confira horários 

Fruto de um projeto de pesquisa, a exposição “A vida, o lar e o tempo”, da artista visual, Soraya Feitoza, estreia em Belo Jardim, Agreste de Pernambuco. O vernissage acontece no sábado (9), às 19h, e as peças feitas de barro seguem expostas nos dias 10 e 11, no Espaço Chaminé, antiga Fábrica Mariola.

Vulvas políticas, Sentir e Guardião e a Solidão são algumas das peças que compõem a exposição financiada pela Lei Aldir Blanc do Estado de Pernambuco e apoiada pelo Instituto Conceição Moura (ICM).

De acordo com a artista, a escolha de trabalhar com o barro foi uma consequência de outras experiências artísticas que lhe proporcionaram uma conexão muito forte com a matéria.  “Não posso esquecer de mencionar a preciosa lição/ligação que o barro me trouxe com a ancestralidade, com o sentido da família e com o espaço político que ocupo. O barro, hoje, é extensão do meu corpo, da minha boca, do meu existir”, revela.

Ainda segundo a artista, o projeto nasceu de uma inquietude em pesquisar e compreender como se desenvolve o processo de criação nas artes, especificamente na linguagem visual. Na curadoria, Soraya convidou pesquisadores lgbt+ para participar dessa construção. Além da artista visual, participaram da pesquisa a arquiteta Cíntia Souza, o músico Eduardo Albuquerque e o psicólogo Júnior Veloso.

“Sempre estarei disposta a desenvolver algo que me submeta ao desafio de expor quem sou, o que acredito e de onde vim. E que através da arte eu possa construir o espaço que eu quero ocupar para poder falar/mostrar e ser compreendida e respeitada”, destaca.

Serviço: 

Horários para visitação:

9 de Abril (sábado) – 19h as 22h.
10 de Abril (domingo) – 13h as 20h.
11 de Abril (segunda) – 9h as 12h e 15h as 19h.

Local: Espaço Chaminé (Antiga Fábrica Mariola)

Classificação indicativa: 10 anos.

Entrada: Gratuita.

Sobre a artista: 

Belo-jardinense, pessoa lgbt+, designer autodidata e artista visual. Desde 2015, atua, através do design, na construção visual e organizacional de grupos, festivais, bandas, projetos culturais e coletivos. Como artista, conquistou espaço nas artes visuais através da exposição coletiva “Barro Branco Terra de Preto” (SESC-2017), na exposição individual “ansiedade&depressão” no Festival Mojubá (2019), na exposição coletiva “Corpos de Phonosophia” da artista Camila Sposati (Residência Belo Jardim de Artes Visuais- 2021) e na exposição coletiva “Há quantos minutos você está aqui?” com Thalyta Monteiro, no Festival Divercidade (2022).

Auto-observação, tempo-território e ativismos sociais são alguns dos temas indagados pela artista em suas obras. Fotos: Vanessa Serena